ESPORTE

'Terceirização' da base do Fefecê gera polêmica

'Terceirização' da base do Fefecê gera polêmica

Acertado verbalmente com a diretoria, investidor oriundo de Salto/SP tem a intenção de gerenciar a categoria de base da Águia na temporada 2017, porém, esbarra em desconfianças da Câmara Municip

Acertado verbalmente com a diretoria, investidor oriundo de Salto/SP tem a intenção de gerenciar a categoria de base da Águia na temporada 2017, porém, esbarra em desconfianças da Câmara Municip

Publicada há 8 anos

Por Breno Guarnieri 


"Estamos aqui (em Fernandópolis) para fazer um trabalho sério e transparente”. É assim que o ex-jogador “Pezinho” e, atualmente, treinador de categorias de base, resume o imbróglio que a parceira, disposta a investir no futebol amador do Fernandópolis Futebol Clube (Fefecê), vive na cidade. 


Procurado na tarde de ontem (05), pela Reportagem de “O Extra.net”, o treinador “Pezinho” declarou que foram prometidas determinadas situações no começo do ano, na intenção de “tocar” as categorias de base do Fefecê, na temporada 2017, porém, após os jogadores sub-15, sub-17 e sub-20 chegarem ao município, as promessas não foram cumpridas. 


“No começo de 2017 fui convidado para vir à cidade conhecer as dependências do estádio municipal Cláudio Rodante e as condições de trabalho oferecidas pelo Fefecê. Agradou-me tanto a infraestrutura do estádio quanto às condições do clube. Diante disso ficou acordado verbalmente que eu e o gerente de futebol, Zé Carlos, comandaríamos as categorias de base do clube neste ano, porém, as promessas feitas não estão sendo cumpridas e, além disso, estão denegrindo a nossa imagem na cidade”, diz “Pezinho”, que ainda salienta: “conheço Fernandópolis ‘não é de hoje’. Quando jogador já enfrentei o Fefecê em algumas ocasiões e sei que a cidade é apaixonado por futebol, mas determinadas pessoas somente querem atrapalhar a vida do clube, pois não têm interesse que o Fefecê vá pra frente”. 


OUTRO LADO

Nesta semana, estava previsto para ser votada na Câmara Municipal de Fernandópolis a liberação ou não do estádio municipal Cláudio Rodante para a comissão técnica e jogadores, sob responsabilidade de “Pezinho” e de Zé Carlos, porém, não entrou na pauta da referida sessão. Vereadores como Salvador de Castro e Ademir de Almeida alegam que “Pezinho” e Zé Carlos não possuem empresa (CNPJ aberto) e desta forma geraram desconfiança em relação à credibilidade dos trabalhos a serem executados no Fefecê. Outro receio da dupla de vereadores é quanto a eventuais dívidas que podem ser constituídas e, como não existe uma empresa responsável, pode recair sobre o próprio clube. Salvador inclusive questionou que a categoria de base não tem servido para preparar os atletas para o time principal; ao contrário, vão para outras equipes, sem que o time local obtenha qualquer vantagem. A Reportagem tentou contato com os vereadores, porém, sem sucesso. O projeto pode ser votado na sessão da próxima terça-feira, dia 09. 


CREDIBILIDADE 

“Foi a informação que recebemos. Que a situação teria de ser avaliada pela Câmara. Uma coisa eu falo. Nunca precisei passar por isso. Fui jogador de futebol por vários anos. Joguei em diversos clubes Aposentei em 1995. Sempre trabalhei em comissões técnicas. Meu ‘nome está feito’ no esporte, tenho muita credibilidade. Há tantas empresas abertas por aí que são picaretas. Eles (vereadores) não nos procuraram para obterem informações a respeito da nossa intenção. Simplesmente nos julgaram por informações de terceiros e eu sei quem são esses terceiros. São pessoas que querem nos prejudicar, denegrindo a nossa imagem por maldade”, acrescenta. 


Sem saber se poderá encaminhar a sua comissão técnica ao estádio Cláudio Rodante, “Pezinho” e seus jogadores seguem alojados em um imóvel de dois andares, no Bairro Brasilândia, zona leste de Fernandópolis. Os treinos acontecem regularmente no complexo esportivo Beira Rio. “Não sei o motivo de não adentrarmos ao estádio. Muita burocracia. Dizem que é por causa da mudança do estatuto. Outras pessoas dizem que são outros motivos. É complicado. Estamos tendo muitas despesas. Temos uma equipe de profissionais que nos auxiliam diariamente. Desde a cozinheira a preparador de goleiros. Pagamos a dívida que o clube tinha com a Federação Paulista de Futebol (FPF). Só queremos realizar um trabalho de destaque e o Fefecê é uma excelente oportunidade”, enaltece o treinador. 


Os jogadores comandados por “Pezinho” atualmente jogam a Copa da Juventude, como forma de preparação para a principal competição do ano: o Campeonato Paulista Sub-20 (Segunda Divisão). “Caso não se resolva essa situação, nós vamos embora”, finaliza “Pezinho”.


“Pezinho”, treinador da parceira disposta a investir no futebol amador do Fefecê 





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