Plenário ficou pequeno para amigos e familiares que compareceram na homenagem
Por Jorge Pontes
Se por um lado o policial possui pouco prestígio junto à sociedade e, principalmente junto ao próprio Governo, por outro, os policiais fernandopolenses gozam do companheirismo familiar. Nesta noite, durante entrega do título de “Policial Padrão”, o plenário da Câmara Municipal de Fernandópolis ficou pequena para o público de amigos e familiares presentes.
Muitas pessoas ficaram de pé no corredor do salão por falta de assentos. Na solenidade, estiveram unidas todas representações da Segurança Pública, onde foram homenageados os policiais Adauto Félix da Silva (cabo da PM), Sandro Marcos de Caampos (agente de telecomunicação da Polícia Civil), Elvio Antunes Fantini (cabo da Polícia Ambiental), Adejúnior Dalben (cabo do Corpo de Bombeiros), Ebert Alexandre Fabrete da Cunha (cabo da Polícia Rodoviária) e o Dr. Joé Roberto Penna (médico da Polícia Científica).
O Título Policial Padrão foi criado através de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da vereadora Neide Garcia, no ano de 2010, para prestar homenagens à Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, Polícia Ambiental, Polícia Rodoviária e Corpo de Bombeiros.
“Falar que as pessoas gostam de policiais é hipocrisia. Ninguém gosta da Polícia. As pessoas nos procuram quando precisam da gente. E é gratificante dar uma resposta a elas. Faço uma pergunta a vocês agora: quanto vale a vida human? Dizem que não tem preço. Mas, e vida do policial? Vale pouco. Não é valorizada. É a única profissão em que você sai de casa sem saber se vai voltar. Ainda mais hoje em dia em que estamos sendo caçados”, destacou o policial civil Sandro Campos.
Sandro chamou ainda mais atenção pela firmeza do discurso quando lembrou-se de sua indicação por parte do delegado Orestes Carósio Neto. “Agradeço ao doutor Orestes pela indicação ao título, pois minha esse homenagem a mim quebra um paradigma de que somente os policiais que trabalham na rua são homenageados. Temos tanto valor quanto eles trabalhando internamente. Nesses 14 anos de Polícia Civil aprendi que policial não faz nada sozinho. Ou trabalha em equipe ou não vai ser ninguém”, disse ele, que fez uma menção ainda ao policial José Geraldo Bizelli, morto em um acidente automobilístico no ano passado, com quem dividia a sala na Polícia Seccional.
“Temos um prazer imenso a homenagear vocês poder que mais se aproxima da população agradecemos vocês do fundo”, comentou o vereador e presidente da Câmara André Pessuto, que finalizou a sessão solene pedindo para que todos os policiais permanecessem sentados enquanto os demais aplaudiam-nos de pé.