A paralisia facial provém da interrupção do fluxo nervoso de qualquer um dos segmentos do nervo facial. É uma patologia antiga que possuí inúmeras causas pouco conhecida. No entanto, a maior incidência é idiopática, ou seja não é consequência de outra causa e sim somente dela mesma. A segunda é traumática relativa a traumatismo, contusões, feridas. Elas interferem diretamente no cotidiano dos indivíduos e resulta em deficiências nas atividades funcionais como beber, comer e falar. Isso ocasiona problemas psicológicos, pois afeta de forma negativa a autoestima e a interação social do indivíduo. A paralisia da mímica facial (de exprimir pensamentos, ideias e sentimentos por meio de gestos e da expressão fisionômica) pode ser parcial ou total e podem estar associadas à:
- sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da língua;
- salivação e lacrimejamento;
- ao reflexo do músculo do estribo que é responsável pela proteção da orelha interna contra os sons de alta intensidade;
- à hiperacusia (aumento da audição) e hipoestesia (diminuição da sensação) no canal auditivo externo:
- aos movimentos voluntários e a modificação do tônus da boca, gerando problemas no processo alimentar.
Existem paralisias faciais periféricas, centrais e bilaterais. O conhecimento detalhado sobre a anatomia e fisiologia do nervo facial quanto dos músculos por ele inervados é essencial para a localização do nível da lesão e prognóstico adequado para o tratamento. A paralisia facial periférica requer tratamento especializado. O tratamento da paralisia facial requer abordagem médica, fisioterapêutica e fonoaudiológica.
A fisioterapia enfatiza seu trabalho mais no retorno da simetria facial, ou seja, na correspondência de posição de dois ou vários elementos em relação a um ponto, ou a um plano médio. A fonoaudiologia se direciona mais às funções como deglutição, mastigação e fala. As terapias utilizadas para o tratamento das paralisias faciais bilaterais são semelhantes às utilizadas para o tratamento das unilaterais. Os músculos da face devem ser trabalhados em terapia. A recuperação da lesão do nervo facial pode acorrer em algumas semanas ou até mesmo em quatro anos. A fisioterapia é indispensável com o objetivo principal de restabelecer o trofismo (condição natural do músculo, relativo à nutrição), a força e a função muscular. A fisioterapia tem como objetivo restabelecer a mímica facial. Várias técnicas fisioterapêuticas são utilizadas para o tratamento da paralisia facial periférica. Os recursos sugeridos são: cinesioterapia (terapia pelo movimento), crioterapia (terapia por frio), massagem, propriocepção (terapia da percepção do próprio corpo), acupuntura e eletrotermoterapia (emprego da eletricidade e calor como meio de tratamento). A reabilitação facial do paciente vai depender de uma série de fatores, como o tipo da lesão e sua extensão, intervenções prévias e principalmente a cooperação do paciente.