Da Redação
Segundo dados do Detran/SP, desde o ano passado até junho de 2017, 6.141 multas foram aplicadas, apenas no perímetro urbano, por irregularidades no transporte de crianças em veículo automotor.
Os números também vão de encontro com o levantamento do Ministério da Saúde, que apontou que apenas em 2015, 1.389 crianças entre 0 e 14 anos foram vítimas de acidentes de trânsito no Brasil.
Um dos fatores pelo alto número de multas e os índices de mortes, são o uso irregular, ou até o não uso de cadeirinhas de transporte, para crianças de 1,1 a 4 anos, bebê conforto, conversível, para crianças de 0 a 12 meses, assento de elevação, para crianças de 4,1 a 7,5 anos, ou cinto individual de segurança do próprio banco traseiro, para crianças de 7,6 a 10 anos, como explica o diretor-presidente do Detran/SP, Maxwell Vieira.
“Nessas horas, é preciso ser firme e enfrentar a resistência da criança. Dizer não também é um ato de amor. Os pais devem ensinar aos filhos a importância do equipamento e dar o exemplo, mostrar que eles também estão usando o cinto de segurança”, explica o diretor-presidente.
“O uso dos equipamentos de segurança de acordo com a idade e o tamanho ajuda a reduzir e muito os riscos de ferimentos graves em casos de batida ou freada repentina do veículo, pois limita o deslocamento do corpo da criança”, diz Maxwell Vieira.
De acordo com o Detran/SP, os equipamentos são comercializados de acordo com o limite de peso e a idade da criança. Por isso, o ideal é que, antes de comprar, os pais coloquem a criança na cadeirinha e fixe-a com o cinto do próprio acessório, para ter certeza de que está adequado para ela.
Outro aspecto importante é seguir as recomendações do fabricante na hora de fixar a cadeirinha ao veículo. Uma fixação mal feita pode prejudicar a proteção da criança. A partir de 2018, isso vai ficar mais fácil, pois uma parte dos automóveis será comercializada com um sistema de fixação de cadeirinhas mais prático, o Isofix. Em 2020, todos os modelos deverão sair de fábrica com esse padrão.