Pro Jorge Pontes
Quando a causa é válida, nem mesmo as más condições do tempo impedem que a ideologia seja mantida. Este tem sido o pensamento dos profissionais da educação de Fernandópolis, que aderiram ao movimento grevista, iniciado nessa sexta-feira, 29, em todo Estado.
Com trajes pretos, simbolizando o "luto pela educação, professores, diretores e alunos se reuniram na manhã desta sexta-feira, 29, no centro da cidade, entre as Rua Brasil e a Avenida Amadeu Bizelli, com cartazes, faixas e apitos para reforçar a mobilização. Nem mesmo o frio e a chuva intimidou os profissionais, que fizeram questão ir às ruas em apoio ao movimento grevista.
Na capital paulista ocorre o mesmo, uma vez que às 14h, será realizada uma assembleia estadual no MASP – Museu de Arte de São Paulo.
Em Fernandópolis, com a exceção da Escola Estadual Afonso Cáfaro – que desenvolve o projeto de tempo integral-, todas as demais estão paralisadas, bem como as escolas da região.
Encolhidos, com frio e sob chuva, o que aquece o movimento é a gana pela valorização; trajes pretos simbolizam o "luto pela educação"
Os professores devem ficar no centro da cidade até às 12h. À tarde, já com carro de som e possivelmente o apoio da Polícia Militar, eles sairão em passeata pela cidade com intuito de mostrar que a luta deve ser da população em geral e não apenas da classe.
“Dadas as circunstâncias, o único caminho é a educação. Os nossos alunos precisam de uma boa educação para saber discernir o certo e o errado. E o momento político que o país atravessa pede isso”, destacou a vice-diretora da Escola Estadual José Belúcio, Neiva Aparecida Cavalari Arosti.
Professores, diretores e alunos devem permanecer no Centro até às 12h; à tarde eles voltam a se mobilizar às 15h
Dentre os pedidos por valorização, eles pedem inclusive uma CPI para investigar o dinheiro desviado com a merenda escolar e, pede até mesmo, a prisão dos culpados. Confira abaixo cada uma das reivindicações com o movimento:
REVINDICAÇÕES
- Reajuste de 16,6% pra repor a inflação do período (desde julho de 2014), extensivo aos aposentados
- Mesa permanente de negociação para discutira valorização dos professores, de acordo coma meta 17 do PNE (equiparação salarial com os demais profissionais com formação de nível superior)
-Reabertura das classes fechadas principalmente no noturno
-Materiais e equipamentos nas escolas
-Extensão dos direitos da categoria O para cada ano de contrato. Pagamento de férias
-Fim dos descontos de salários de professores doentes que aguardam publicação de licença
-Merenda nutritiva e de qualidade em todas as escolas
-CPI da merenda já! Prisão dos culpados, confisco dos bens e devolução do dinheiro desviado
-Fim da política de renúncia fiscal para empresários e aplicação dos recursos na educação
-Devolução de R$ 17 bilhões desviados da educação de 1995 a 2000