MISSÃO CUMPRID

“Devolveram minhas pernas”, diz idosa que ganhou cadeira motorizada

“Devolveram minhas pernas”, diz idosa que ganhou cadeira motorizada

Publicada há 8 anos


Por Jorge Pontes


Um sonho foi realizado na noite desta terça-feira (3) em Fernandópolis. Após aguardar por quase dois anos um final feliz da campanha feita para adquirir uma cadeira motorizada, dona Rosalena do Espírito Santo Paulino, de 83 anos, enfim pode comemorar o que significa um recomeço em sua vida.

Amigos,familiares e doadores se reuniram na casa da idosa para realizar a entrega oficial da cadeira da marca Freedon SX, produzida por uma empresa do Rio Grande do Sul, adquirida junto à Passomed no valor de R$ 6 mil. A campanha iniciada em novembro de 2014 visava única e exclusivamente devolver a dignidade de dona Rosalena, que até então há 10 anos não conseguia sequer sair até a calçada de sua casa, que fica na Rua Adélia Medrado, no Alto das Paineiras.

Bastante emocionada ela resumiu em poucas palavras o sentimento de gratidão. “Vocês devolveram minhas pernas. Agora vou poder sair de casa, ir à missa novamente, e quero até voltara frequentar o curso de bordado no CCI”, brincou ela, emocionada.


 A campanha, de iniciativa do Conselho de Saúde do Bairro Jardim Araguaia,teve papel fundamental da mentora Marli Regina Lameiro dos Santos, e claro, dos empresários Arnaldo dos Passos da Passomed, Renato Colombano, Zé Carlos da Deaço, Elias Amicucci da M Fer, Marcos Pessoto, Olavo Sgotti, os advogados Henry Dias e Antônio Dias, os agropecuaristas Manoel Terra Verdi e Paulinho Okuma e aposentado Aparecido Rocha, que colaboraram financeiramente para chegar ao montante da cadeira. Nesta noite, Rocha comprovou que solidariedade gera solidariedade. O aposentado, que também carecia de uma cadeira motorizada,recebeu a doação de uma pessoa anônima, e o valor de R$ 2,5 mil já levantadas por meio de uma campanha em seu benefício, foi repassado por ele para aquisição da cadeira de dona Rosalena.

 


Há mais de 12 anos impossibilitada de sair para ruas, Dona Rosa sequer tem conseguido se movimentar sozinha dentro de sua própria casa. “Eu nem saio na varanda com medo de cair do degrau, porque já estou ruim assim, e nessa idade se eu chego a cair e quebrar alguma coisa aí fica pior ainda”, contou Dona Rosalena, que é amparada pelas filhas. Tendo conhecimento da situação de Dona Rosalena, a então presidente do Conselho de Saúde do Bairro, Marli Regina encabeçou a campanha.

Com osteoporose e muita dificuldade até mesmo de se sentar na posição correta, dona Rosalena tem fortes dores no quadril e nas costelas em virtude do desgaste da cabeça do fêmur que pressiona os demais ossos. Em decorrência da doença que teve seu quadro agravado paulatinamente, Dona Rosalena, que sempre foi muito religiosa e disposta, não pode mais sair para as ruas, tendo de se contentar com a companhia do bom e velho sofá.




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