SAÚDE

Dengue pode ter matado mais dois; MPF recomenda ação

Dengue pode ter matado mais dois; MPF recomenda ação

14 cidades da região estão em estado de alerta

14 cidades da região estão em estado de alerta

Publicada há 5 anos

A Vigilância Epidemiológica de Andradina aguarda o resultado dos exames de duas pessoas que morreram, na semana passada, com suspeita de dengue. Detalhes sobre os pacientes não foram divulgados.

A cidade enfrenta uma epidemia da doença, já foram confirmados 2.462 casos apenas este ano.

Além de Andradina, Birigui também aguarda a confirmação de três mortes suspeitas com a mesma doença. Em Guaraçaí, uma morte por dengue já foi confirmada.

REGIÃO

O Ministério Público Federal recomendou há 3 meses às prefeituras de Jales e de outros 13 municípios da região que intensifiquem a fiscalização em prédios públicos e particulares visando eliminar recipientes que sirvam de criadouro ao mosquito transmissor da dengue. As 14 cidades apresentaram em outubro de 2018 índices de infestação do Aedes Aegypti iguais ou superiores a 1,0%, parâmetro estabelecido como limite pela Organização Mundial da Saúde.

Foram alvo das recomendações as cidades de Aparecida d´Oeste, Estrela d´Oeste, Guarani d´Oeste, Guzolândia, Jales, Mesópolis, Pedranópolis, Pontalinda, Populina, Rubinéia, Santa Fé do Sul, Santa Salete, São João de Iracema e Turmalina.

O MPF também recomendou que as prefeituras reforcem a nebulização dos locais que registraram casos positivos da doença, bem como suas proximidades. Além disso, para coibir a inércia de alguns moradores, os gestores deverão, durante as fiscalizações, tomar medidas efetivas em relação àqueles que forem reincidentes em manter criadouros do mosquito em suas residências, inclusive com a aplicação de multas. As providências devem ser tomadas pelos municípios em 15 dias.

Apesar da queda de 5% nos casos de dengue em 2018 na comparação com o ano passado, o país registrou 62 mortes e 1.659 casos confirmados da doença até o mês de julho deste ano. “Diante da situação de alerta em que estes municípios se encontram, faz-se necessário que as prefeituras adotem, em caráter emergencial, um controle preventivo e contínuo, a fim de combater e prevenir possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor não só da dengue, mas também da febre amarela, da chikungunya e do zika-vírus”, alerta o MPF.

A recomendação definiu ainda o prazo de 90 dias para que os gestores executem efetivamente todas as medidas das Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue do Ministério da Saúde (2014) e do Plano de Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue do Estado de São Paulo (2014/2015). Os municípios têm 30 dias para informar ao MPF as providências adotadas, sob pena de que sejam tomadas medidas judiciais.

FERNANDÓPOLIS

Desde 14 de fevereiro o município está em estado de epidemia.

Logo após a confirmação dos primeiros casos de dengue em Fernandópolis no ano de 2019, foi realizada análise e confirmado a circulação do Subtipo 2 da dengue em Fernandópolis, que é de maior gravidade. Em 2018 circulava apenas o Subtipo 1 no município.

Ao longo do ano de 2018, Fernandópolis teve a confirmação de 118 casos de dengue; em 2019 já são 210 mais 411 casos pendentes (aguardando resultado de exames). A Vigilância em Saúde informou ontem que o município está em epidemia de dengue.O município ainda não tem casos de zika vírus ou chikungunya neste ano.

O serviço da SUCEN em parceira com a prefeitura consistirá em realizar a nebulização pelas residências de Fernandópolis, especialmente nos locais onde há mais casos de dengue. Além disso, a equipe da Vigilância em Saúde tem realizado outras ações preventivas, como as visitas casa a casa, bloqueio nas regiões onde há suspeita da doença, orientação a diretores de escola e confecção de panfletos informativos.

“Com a quantidade menor de casos em anos anteriores, a população infelizmente diminuiu a preocupação com o aedes aegypti, desta forma aumentou a quantidade de criadouros do mosquito e, consequentemente, de casos da doença”, explicou a enfermeira Aline Furlan.

A população precisa colaborar com as ações para evitar o aumento de casos de dengue em Fernandópolis, basta evitar o acúmulo de água parada nos quintais e prédios particulares, já que vasilha com água serve de criadouro ao mosquito transmissor da doença.

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