PROTESTO

Creches ficam sem monitoras e berçaristas durante paralisação

Creches ficam sem monitoras e berçaristas durante paralisação

Cerca de 50 profissionais se reuniram na frente da prefeitura na manhã desta quarta-feira (27) para pedir melhorias e revisão de redução salarial.

Cerca de 50 profissionais se reuniram na frente da prefeitura na manhã desta quarta-feira (27) para pedir melhorias e revisão de redução salarial.

Publicada há 5 anos

Berçaristas e monitoras da rede municipal de ensino fizeram uma paralisação na manhã desta quarta-feira, 27, na frente da Prefeitura de Mirassol (SP).

Cerca de 50 profissionais usaram faixas e roupas pretas para pedir melhorias nas condições de trabalho além da revisão do piso salarial, que foi reduzido no mês passado depois da aprovação do projeto apresentado na Câmara, em 2018.

Por causa do protesto, nenhuma monitora e berçarista compareceu às creches de Mirassol durante a manhã. Mas segundo a prefeitura, as aulas não foram prejudicadas porque os professores estão trabalhando normalmente.

No documento de 2018, o prefeito pedia que as profissionais que, na gestão passada foram promovidas a professoras, voltassem para as funções de berçarista e recreacionista, cargos que elas ocupavam antes de 2011. A mudança também previa o corte de horas extras.

O projeto causou polêmica na cidade e foi reprovado pelos vereadores durante sessão. No entanto, após a rejeição, o prefeito recorreu à Justiça e ganhou a ação que autorizou a redução de salário.

“Profissionais e magistérios tiveram 60% do salário reduzido. Portanto, nós queremos essa valorização profissional para que tenhamos um trabalho digno”, diz a monitora Daiane Davechi.

“Nós estamos assumindo sala, fazendo tudo que um professor faz e infelizmente o prefeito não está nos valorizando”, afirma Andrea Simões Neve Leite, berçarista.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Em nota, a Prefeitura de Mirassol esclareceu que a paralisação não tem amparo legal e está gerando prejuízos às crianças atendidas nas creches municipais, aos professores que atuam nessas unidades, bem como aos pais ou responsáveis que, por ventura, não puderam levar as crianças às creches.

Também afirmou que dos 114 berçaristas e monitores que trabalham nas 9 creches municipais, 81 comunicaram a Prefeitura que deixariam de cumprir as suas obrigações funcionais.

Por fim, o município declarou que "a atual administração não tem medido esforços para valorizar cada vez mais a educação municipal e tem investido muitos recursos nas estruturas físicas, na aquisição de mobiliário, livros, brinquedos e equipamentos e da parte pedagógica de creches e escolas. "



*Com informações de G1

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