VAGATOMIA

Delatora afirma que professores "vendiam provas" na Universidade Brasil

Delatora afirma que professores "vendiam provas" na Universidade Brasil

Ex-diretora da instituição fez afirmação em depoimento para a Polícia Federal quando questionada sobre reprova em massa de alunos

Ex-diretora da instituição fez afirmação em depoimento para a Polícia Federal quando questionada sobre reprova em massa de alunos

Publicada há 4 anos

Gustavo Jesus

Juliana da Costa e Silva, ex-diretora de graduação do curso de Medicina da Universidade Brasil, afirmou em depoimento realizado na Delegacia de Policia Federal, de Jales, em 8 de maio, que professores "vendiam provas" com o objetivo de passar alunos de módulo.

Durante seu depoimento, enquanto retratava um caso de reprova em massa no módulo de Morfofisiológica Humana - matéria que compreende Anatomia, Histologia, Biologia e outras -, Juliana afirmou que "os professores também ajudavam a reprovar".

Questionada pela autoridade policial se as reprovações eram "normais", Juliana respondeu que havia participação dos professores nas repetências. "Uma parte deles são sérios a outra parte não são sérios. Assim, depois eu comecei a entender que de fato tem venda de prova, professor que vende prova", disse Juliana no depoimento.

A colaboradora também afirmou que a venda de provas era um estelionato contra os alunos, já que todos seriam aprovados. "Era um estelionato contra os próprios alunos, porque todo mundo ia passar. Como o aluno não sabe que vai passar, aí ele comprava".

Juliana também disse que a solução encontrada para os 275 alunos que foram reprovados foi a realização de um exame. Para participar do exame o aluno precisava de uma nota mínima e, de acordo com a ex-diretora, houve uma tentativa de suicídio com o desespero pela situação. "Teve um aluno que tentou se matar no banheiro da faculdade, então foi onde começaram a aparecer os problemas do curso", disse.

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