CORONAVÍRUS
Fernandopolenses farão compras para idosos que estão no grupo de risco
Fernandopolenses farão compras para idosos que estão no grupo de risco
Em tempos de quarentena, movimentos agregadores buscam unir amigos e desconhecidos afastados pelo distanciamento social
Em tempos de quarentena, movimentos agregadores buscam unir amigos e desconhecidos afastados pelo distanciamento social
Breno Guarnieri
Os treze casos suspeitos de coronavírus, em Fernandópolis, não estão causando apenas preocupação. Diante das dificuldades que os grupos de risco como, idosos e portadores de doenças crônicas, estão sujeitos a enfrentar, fernandopolenses estão criando uma rede de solidariedade para poder ajudá-los, como ir ao supermercado ou à farmácia no lugar deles, para que não precisem se arriscar saindo de suas respectivas residências.
O estudante de Serviço Social, Leonardo Braguini, 19 anos, usou a sua rede social na quinta-feira, 19, para oferecer o serviço de ir ao mercado ou farmácia aos integrantes do grupo de risco do coronavírus (Covid-19).
A iniciativa de Leonardo ganhou adeptos na rede social, na qual muitos fernandopolenses elogiaram a ação do jovem e também se colocaram dispostos a ajudar, da mesma forma, os integrantes do grupo de risco.
Em entrevista à reportagem, Leonardo relatou que a ideia nasceu com o intuito de ajudar. Ele afirmou que não irá cobrar nada e que o contato pode ser feito via bate-papo do Facebook ou pelo WhatsApp. “De forma voluntária eu decidi ajudar, devido a essa questão do isolamento as pessoas estão preocupadas com si mesmo, mas esquecem que alguns não têm como se manter em deslocamento”, destaca.
O coordenador comercial Pedro Ribeiro, 29 anos, está fora do grupo de risco e também resolveu aderir à boa ação. “A minha motivação foi ajudar o próximo diante da situação que o mundo enfrenta. Entendi que o pouco que posso fazer protegerá os moradores de Fernandópolis. Os avós da minha filha são idosos. Posso fazer por eles e por outras pessoas”, acrescenta.
A ação viralizou nas redes e algumas pessoas chegaram a contatá-lo. “Recebi alguns contatos, mas percebi que as pessoas ainda estão receosas até porque coloquei o aviso ontem. Mas, espero que todos entendam a iniciativa e quando precisarem só ligar, que espero atender a todos”, salienta.
Também moradora de Fernandópolis, a arquiteta Amanda Ramos, 27 anos, quis fazer sua parte. “Se você tem mais de 60 anos, posso ir ao mercado para você, sem problemas ou custo”, diz um bilhete que ela espalhou nos elevadores de seu prédio.
O objetivo, segundo a arquiteta, também é ajudar os moradores idosos do condomínio a realizar atividades essenciais durante o período de isolamento.
Para ajudar quem está no grupo de risco do coronavírus, moradores de Fernandópolis apostam em boas ações