SOLIDARIEDADE
Antes de fechar fábricas, empresário faz e doa 4 mil máscaras
Antes de fechar fábricas, empresário faz e doa 4 mil máscaras
Produto, em falta no mercado, foi doado para colaboradores e instituições
Produto, em falta no mercado, foi doado para colaboradores e instituições
Antes de irem para casas, colaboradores exibem as máscaras recebidas. Foto: Divulgação
Da Redação/Hoje Mais
Antes de suspender as atividades em suas quatro unidades fabris, como medida de prevenção à transmissão do novo coronavírus, que causa a covid-19, a Klin, indústria calçadista com sede em Birigui (SP), confeccionou 4 mil máscaras, produto que está em falta no mercado.
Os itens foram entregues para os colaboradores e seus familiares e para instituições que atendem idosos, como o abrigo Vó Tereza, Lar do Vovô e Lar São João, em Birigui, e o Lar do Vovô, em Brejo Alegre.
Os equipamentos de proteção foram confeccionados com tecido respirável, utilizado na produção de calçados, e não são descartáveis.
Na embalagem, há instrução de lavar a máscara com sabão neutro e esterilizá-la com ferro de passar antes do uso. A recomendação é que seja usada por até quatro horas. Após esse período, é preciso repetir o processo.
A Klin tem unidades em Birigui, Penápolis, Gabriel Monteiro e Três Lagoas (MS).
EM FALTA
As máscaras de proteção descartáveis sumiram do mercado brasileiro assim que começaram as primeiras notificações de casos suspeitos por covid-19.
Em outros países, o desabastecimento do produto já era um fato. Tanto que, no início de março, a OMS (Organização Mundial da Saúde) informou que a compra em massa pela população deixaria os profissionais de saúde mal equipados.
Isso porque as máscaras descartáveis são indicadas principalmente para profissionais de saúde e pessoas com quadro confirmado ou suspeito da doença, porque barram gotículas e partículas, que podem transmitir o vírus.
Para a população em geral, a recomendação é lavar as mãos com água e sabão, utilizar o álcool 70% e o isolamento social.
No entanto, para aqueles que insistem em usar o equipamento de proteção, a confecção de máscaras com tecido é uma alternativa.
A recomendação foi feita pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, durante entrevista nesta terça-feira (24).
"É uma barreira física. Vamos deixar as máscaras descartáveis para serem utilizadas pelos hospitais e profissionais da saúde", disse.
O produto, segundo ele, está em falta no mundo inteiro. Todo o estoque disponível no Brasil foi adquirido pelo governo federal e ainda assim, o sistema de saúde enfrenta dificuldade.