Afrouxamento das regras de quarentena e desobediência custarão vidas por aqui

Acautelamo-nos frente à opinião pública e pessoal em contrário do que aqui registraremos: respeitamos cada uma e valoramo-las, inclusive incentivando-os a externá-las até mesmo em nossas páginas nas redes sociais com plena liberdade. Mas também temos direitos idênticos de o fazê-lo (publicamos nossa posição), ainda mais quando ela deflui de longos diálogos com especialistas da área de saúde pública e transmissibilidade de doenças que dedicaram horas, dias, meses, anos de suas vidas estudando e se qualificando para emitir pareceres devidamente fundados e não “achismos” inconsequentes incrustados em interesses pessoais inconfessáveis (políticos, econômicos ou mais vis ainda). Pois podem apostar que muito brevemente, com o afrouxamento das regras de isolamento e a desobediência civil, irão faltar leitos em unidades intensivas na cidade e em toda a região. Será um drama!

Leitos de UTI´s é 2,5 vezes menor que o recomendado e só atendem 0,01% da população fernandopolense; ainda sobram 49 mil habitantes da região

Claro que o desespero de muitos advém da preocupação em reabrir suas empresas e obter renda para transcorrer o período pandêmico. Ambição legítima, mas inconciliável com a realidade e recomendações de autoridades sanitárias que, por aqui, foram quase que irremediavelmente transgredidas. É nítido o aumento do movimento nas ruas; nos supermercados então... Nas redes lotéricas e, principalmente, nas agências bancárias, está pior que em dias normais. Dados de quarta, 09, mostram que o isolamento social no Estado caiu ao seu menor nível desde a decretação: está em 49%; já foi de 59%, enquanto que o ideal é de 70%. Isso fará os índices de infestação dispararem nos próximos 15 dias e, infelizmente, só temos, em Fernandópolis, 10 leitos de UTI para atender 69 mil habitantes locais, afora os outros 49 mil pacientes de outros 12 municípios inscritos na Santa Casa.  

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