POLÍTICA
“Esse nosso prefeito ou é um besta ou é bestial"; ou é um Mané ou um Pelé
“Esse nosso prefeito ou é um besta ou é bestial"; ou é um Mané ou um Pelé
Medidas contra o isolamento podem levá-lo à glória ou às barras da Justiça
Medidas contra o isolamento podem levá-lo à glória ou às barras da Justiça
“Esse nosso prefeito ou é um besta ou é bestial"; ou é um Mané ou um Pelé
Certamente os amantes do futebol hão de rememorar a célebre frase do então técnico de futebol Otto Glória que, além de grandes times brasileiros, levou a Seleção de Portugal ao 3º lugar na Copa de 1966 e que dizia que “quando perde o treinador é chamado de besta. Quando vence, de bestial. Similar ao que já dizia o eterno Nelson Rodrigues que ao ver grandes jogadas terminarem em lances bizarros afirmava que “começou como um Pelé e terminou como um Mané”. Pois ambas foram utilizadas por um vereador votuporanguense, reservadamente, a nós, para se referir aos atos praticados pelo prefeito João Dado nesta semana, ao praticamente liberar geral para o comércio local, com parcas restrições, visando aproveitar o período do Dia das Mães. E é fácil entender as palavras do parlamentar: com 20 casos confirmados e 177 monitorados, há receio de que, em duas semanas (período de incubação e manifestação do vírus), os números disparem. Pode ser que sim, como pode não ocorrer.
Responsabilização civil, criminal e política ou iniciativa precursora
Vejam o quanto é tênue a divisa que separa o paraíso do inferno. Com o comércio operante quase que na totalidade (com alguns regramentos, é óbvio), inclusive academias, clubes e até cultos na catedral principal, a administração votuporanguense pode ter encontrado a fórmula que até agora nem a Europa, nem a Ásia, nem os EUA conseguiram aplicar e reativar, com segurança sanitária, suas economias, e assim servir de paradigma para a região, o Estado, para o Brasil e para o mundo. Mas está é a visão edílica da situação. No outro prisma está o báratro a espreitar o governo João Dado. Caso haja um crescimento exponencial de casos nas próximas duas semanas, pode esperar um processo civil, criminal e até com riscos de um político (os dois primeiros na Justiça e o outro no Legislativo). É uma álea enorme que o prefeito e, principalmente, toda a população votuporanguense estão correndo. E a região só a observar os resultados.
Em Fernandópolis, vereadora quer a reabertura do comércio e (pasmem) das igrejas
Inicialmente há que se separar, definitivamente, o comércio das igrejas. Ambas não se comportam na mesma frase, tanto etimologicamente como em suas finalidades existenciais. Se receberem o mesmo tratamento jurídico diante da pandemia será a derrogação completa das instituições religiosas, adjetivando-as de práticas mercantilistas. Mas eis que a vereadora Maiza Rio rogou ao prefeito André Pessuto o afrouxamento das regras restritivas para as atividades comerciais e a sua extensão para, pasmem... as igrejas. E ela acrescentou que, em caso de aumento do contágio, que se reveja a liberação. Ao que parece a nobre vereadora se esqueceu de que há um lapso temporal entre essa liberação e a revisão e, justamente nesse interstício, vidas podem vir a sucumbirem. Se analisarmos o caos econômico já implantado, podemos até concordar com a volta regrada do comércio; já a reabertura presencial nas igrejas é uma temeridade inqualificável.
Quarentena: no mínimo até o final deste mêsUm aumento de 3.300% no interior e de 770% na capital, no índice de avanço do coronavírus, fez com que o governador João Doria estendesse a quarentena paulista até, no mínimo, o final de maio. A saturação do sistema de UTI´s da rede pública - 89% de ocupação - e das enfermarias - 74% de ocupação -, junto com os baixos índices de isolamento social, foi fundamental para a manutenção da restrição.
E, em clima de frustração geral, entramos naquele que, para os fernandopolenses (e também valentim-gentilenses e indiaporãenses) acostumava ser um dos períodos mais festivos do ano. Sempre agraciados com fartas programações - uns anos mais, outros menos - já estampávamos um sorriso ao lembrarmos-nos do mês de Maio. Mas neste ano será diferente e não teremos nenhum grande evento público para celebrarmos. Porém, ao menos a programação original de obras públicas tocadas pelo Executivo Municipal continua obedecendo ao calendário traçado ainda no segundo semestre de 2019. Tomando como exemplo algumas das maiores incursões públicas em execução na cidade, vemos obras em quatro bairros distintos. No Jardim Araguaia, começou na quinta, 07, serviços de pavimentação de 10.095,02 m², 2.424,80 metros lineares de guias, 1.968,78 m² de passeio público e 538 metros de galeria, que deve ser entregue num prazo de seis meses; no Terra das Paineiras, uma grande obra de drenagem está em curso entre a Rua dos Ipês e a Olímpio; no Vila São Fernando, a conclusão da via de mão única na Litério Grecco exigiu pavimentação e outras melhorias na Rua Guilhermina e no Uirapuru, finalmente o asfalto irá estar disponível em 100% do bairro, com mais 5.189,27 m² de pavimentação. É... Tivemos anos em que sobraram festas e faltaram obras; agora se inverteu. E por completo!
Ana Bim: novas contas rejeitadas Ainda ostentando uma reputação ilibada, a ex-prefeita segue pagando a conta de erros cometidos pela assessoria. Após rejeição das contas dos exercícios de 2014 e 2015 (ratificadas no Legislativo), eis que agora a pendenga é referente ao ano de 2016, também objeto de reprovação por parte do Tribunal de Contas do Estado-TCE. Sucessivos déficits orçamentários e aquisição irregular de medicamentos estão dentre os problemas apontados pelo conselheiro Dimas Ramalho.
Expulso, ministro afirma preferir o presidente BolsonaroO ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, expulso de seu partido - o Novo -, devido a divergências com o ex-presidente João Amoedo, afirmou que entre este e Bolsonaro, fica com o presidente. A expulsão, determinada pelo Conselho de Ética do partido, ainda pende de recurso que Salles pode apresentar, para somente após ter validade. O ministro não confirmou se recorrerá ou não.
Empresas na UTI? Já são mais de 8 mil pessoasApós a inesperada visita de Bolsonaro e 15 megaempresários ao Supremo Tribunal Federal na manhã de quinta, 07, para pressionar os ministros pela volta à normalidade das atividades comerciais, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB Felipe Santa Cruz manifestou-se afirmando que se há “CNPJ (empresas) na UTI, já são mais de 8 mil CPF´s (pessoas) perdidas.
25% das usinas de sucroalcooleiras irão fechar as portas devido à pandemia, afirma consultoriaO estrago que o coronavírus vai fazendo na economia parece não ter fim. O setor sucroenergético veio a público nesta semana e apresentou, através da consultoria Datagro, do empresário Plínio Nastari (foto) um estudo com dados alarmantes: cerca de 25% das usinas de açúcar e etanol devem fechar as portas neste ano. Os principais motivos elencados na publicação divulgada pelo “Estadão” estão a queda abrupta no consumo, a deterioração do preço do petróleo (que provocou baixa nos preços do álcool), além da perspectiva de duração da crise por longo período. Com cerca de 350 usinas sucroalcooleiras instaladas no país, mais de 100 produzem e armazenam apenas combustível e ficam impossibilitadas de alterarem o mix, total ou parcialmente, para o açúcar. O preço médio do etanol (líquido) nas usinas caiu de R$ 2 para R$ 1,3 o litro.
Vídeo: xingamentos, centrão e chinesesA colunista Taís Oyama afirmou que os motivos para que o governo Bolsonaro não entregue o vídeo de reunião ministerial denunciada por Sergio Moro são os xingamentos do ministro da Educação Abraham Weintraub aos 11 ministros do Supremo; a ameaça de Bolsonaro em demitir Moro, afirmações pouco elogiosas do presidente à China e, finalmente, relatos de acordos com o Centrão.