PORTEIRA ABERTA

Flexibilização comercial na região veio na alta dos índices pandêmicos

Flexibilização comercial na região veio na alta dos índices pandêmicos

Região está enquadrada na mesma situação que a capital paulista

Região está enquadrada na mesma situação que a capital paulista

Publicada há 4 anos


Da Coluna Entrelinhas


Doria autorizou reabertura comercial, mas região está enquadrada no mesmo nível da capital

Doria: Plano São Paulo de Retomada Consciente atinge 46 milhões de brasileiros paulistas. Foto: Isto É

Conforme adiantamos na coluna de ontem, 26, o governador do Estado anunciou há pouco a flexibilização de atividades comerciais na região noroeste paulista. Inicialmente ele decretou a permissão para atividades comerciais e de serviços com limitações de fluxos e distanciamentos. Poderão funcionar as atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio em geral e os Shopping Centers. Continuarão impedidos de abrir as portas bares, restaurantes, salões de beleza e academias.

O novo modelo apresentado por Doria subdividiu o Estado em regiões que, de acordo com critérios técnicos, serão liberados ou não para o retorno gradual e parcial de algumas atividades comerciais em maior ou menor grau.

O plano de contingência, denominado Plano São Paulo de Retomada Consciente, tem cinco fases:

Em todos os 645 municípios, a indústria e a construção civil seguem funcionando normalmente. A interdição total de espaços públicos, teatros, cinemas e eventos que geram aglomerações – festas, shows, campeonatos etc – permanece por tempo indeterminado. A retomada de aulas presenciais no setor de educação e o retorno da capacidade total das frotas de transportes seguem sem previsão.

Fase 1 - liberação apenas de serviços essenciais, como está agora Regiões: Baixada Santista, Registro (Vale do Ribeira) e Grande São Paulo. Abertos somente os serviços essenciais. 

Fase 2 - momento de atenção da pandemia com liberações eventuais Regiões: cidade de São Paulo, São José do Rio Preto, Araçatuba, Taubaté, Campinas, Marília, Sorocaba, Piracicaba, São João da Boa Vista, Ribeirão Preto e Franca. Aberto com restrições: atividades imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios, comércio e shoppings. 

Fase 3 - momento controlado da pandemia com maior liberação de atividades Regiões: Barretos, Presidente Prudente, Bauru e Araraquara/São Carlos. Aberto com restrições: bares e restaurantes, comércio, shopping e salões de beleza. Aberto sem restrições: atividades imobiliárias, concessionárias de veículos e escritórios. 

Fase 4 - momento decrescente da pandemia com menores restrições Regiões: nenhuma. Aberto com restrições: bares e restaurantes, comércio, shopping, salões de beleza e academias. Aberto sem restrições: atividades imobiliárias, concessionárias de veículos e escritórios. 

Fase 5 - momento de controle da pandemia e liberação de todas as atividades com protocolos Regiões: nenhuma.


Mas flexibilizar o comércio agora? Justamente quando os índices da região estão disparando?

O prefeito de Votuporanga João Dado: somente ontem, 26, seis novos casos. Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal

É indiscutível, cientificamente, que o isolamento social, a quarentena e as restrições às atividades comerciais contribuíram para minorar o número de vítimas, leves, nas enfermarias, nas UTI´s e fatais no Estado paulista. Assim também como é indubitável que estamos na pior recessão econômica da história recente do país e do mundo.

Na dúvida, entre as restrições e a recessão - e sem um meio termo - chega a ser chocante que ainda há defensores da segunda. Mas vamos lá!

Hoje, 27, o governador João Doria liberou, parcial e gradativamente, a realização de algumas atividades empresariais, com muitas regrações (será que haverá fiscalização adequada?). Talvez atendendo a princípios científicos, sanitários e infectológicos; talvez premido por grupos empresariais de vulto e pela opinião pública. Talvez movido por ambas circunstâncias.

Certo é que para região a medida é um tanto quanto conflitante (para adjetivá-la educadamente). Sobretudo o momento de sua aplicabilidade.

Fernandópolis vivencia, agora, seu pior momento pandêmico com uma curvatura (vide gráfico) que mostra o quanto a contaminação proliferou nos últimos dias.

Votuporanga, somente ontem, 26, registrou seis novos casos (vide gráfico abaixo), chegando a 39 confirmados e pagando o preço pela precoce liberação comercial do Dia das Mães, autorizado pelo prefeito João Dado.

Em Jales e Santa Fé do Sul, a situação é simétrica, com alta nos índices nos últimos dias; em São José do Rio Preto chegou a 587 casos positivos, 18 a mais em 24 horas. Desde total, 250 (43%) já estão recuperados e 20 mortes foram registradas. A cidade tem 4 mortes por 100 mil habitantes.

Ficou a indagação: se antes, com índices muitos melhores, a flexibilização era inadequada e proibida, por que agora, justo quando os números começam a disparada, pode ser permitida?

Erraram anteriormente ou estão errando agora?

Membros do comitê gestor paulista afirmam que se não fossem as medidas isolacionistas iniciais os números de casos e de óbitos seriam muito maiores, pois o Estado já foi responsável por  68% dos casos de Covid-19 no Brasil e hoje o índice está na casa dos 22% (de mortes foi de 68% e hoje está em 26%) e acrescem: a quarentena permitiu-nos melhorar a disponibilização de leitos nos hospitais e acrescer o número de equipamentos.

Resta-nos aguardar os índices que virão no pós-flexibilização e torcer, e muito, pelo acerto das medidas.


Moraes: Weintraub pode ter cometido até 6 crimes. Penas somatizariam até seis anos de prisãoO ministro do STF Alexandre de Moraes: atentado ao Estado de Direito e à democracia. Foto: Divulgação / STF

O ministro da Educação Abraham Weintraub parece ter se enrolado de vez com a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de Abril.

Segundo Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal-STF, que determinou a oitiva de Weintraub pela Polícia Federal, ele pode ter incidido em até seis crimes: ameaça ilegal à segurança nacional e dos integrantes da Suprema Corte, difamação, injúria, além de outros crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social.

Somatizados, as infrações, em tese, atribuídas ao ministro da Educação apenam-o com até a seis anos de prisão.


Oito deputados, Luciano Hang, Roberto Jefferson, Allan dos Santos e Sara Winter são alvos da operação policial

Policiais federais em ação na Operação Fake News. Foto: G1

A Operação Policial Fake News, desencadeada na manhã desta quarta-feira, 27, resultada de ordens judiciais expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, através do ministro Alexandre de Moraes, envolve expoentes do cenário político e empresarial nacional.

Tiveram Mandados de Busca e Apreensão expedidos:

Luciano Hang, empresário (SC)

Roberto Jefferson, ex-deputado federal (RJ)

Allan dos Santos, blogueiro (DF)

Sara Winter, blogueira (DF)

Winston Lima, blogueiro (DF)

Edgard Corona, empresário (SP)

Edson Pires Salomão (SP)

Enzo Leonardo Suzi (SP)

Marcos Bellizia (SP)

Otavio Fakhoury (SP)

Rafael Moreno (SP)

Rodrigo Barbosa Ribeiro (SP)

Paulo Gonçalves Bezerra (RJ)

Reynaldo Bianchi Júnior (RJ)

Bernardo Kuster (PR)

Eduardo Fabris Portella (PR)

Marcelo Stachin (MT)

Deverão ser ouvidos, no prazo de 10 dias, no Inquérito Policial (não foram alvos de mandados):

Deputados federais

Bia Kicis (PSL-DF)

Carla Zambelli (PSL-SP)

Daniel Silveira (PSL-RJ)

Filipe Barros (PSL-PR)

Junio Amaral (PSL-MG)

Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP)

Deputados estaduais

Douglas Garcia (PSL-SP)

Gil Diniz (PSL-SP)


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