CONSEQUÊNCIAS

Dia das Mães e filas! Covid cresceu 400% em Jales e 306% em Fernandópolis e comércio será reaberto

Dia das Mães e filas! Covid cresceu 400% em Jales e 306% em Fernandópolis e comércio será reaberto

"Relaxamento" do Dia das Mães fez índices disparem. O que esperar da flexibilização a partir de segunda?

"Relaxamento" do Dia das Mães fez índices disparem. O que esperar da flexibilização a partir de segunda?

Publicada há 4 anos


Pelos índices do Dias das Mães, reabertura comercial será uma tragédia

Preliminarmente, não somos e nem almejamos sermos o “Cavalheiro do Apocalipse”, muito menos nutrimos predileção por catástrofes, tragédias ou notícias “desfavoráveis” ao status quo; ao contrário, preferimos, e muito, a divulgação de fatos positivos, mas temos a obrigação de apresentar a realidade que à porta bate, sem que muitos a percebam. Munindo-nos de dados publicados pelas próprias Prefeituras da região (das maiores cidades), trazemos, infelizmente, um parâmetro que, baseado nos dados comparativos entre o atual e os do dia 10 de Maio, relativos ao Dia das Mães, quando o comércio regional, legalmente ou através de subterfúgios, “estimulado” pelas precaríssimas fiscalizações, reabriu as portas. Agora, decorridos o período incubatório natural do coronavírus, com as decorrentes infecções, podemos cravar: a reabertura do Dia das Mães, aliada às filas bancárias, foi um desastre e a flexibilização a partir de segunda, 1º, será uma tragédia.


Pandemia cresceu 400% em Jales, 121% em Votuporanga e 306% em Fernandópolis

Aos números que solidificarão a argumentação. No dia 10 passado, Jales ostentava só 6 casos positivos e outros 4 suspeitos. Com a “flexibilização” do Dias das Mães, saltou para 24 positivos e 24 suspeitos (dados de sexta, 29). Crescimento de 400% no índice de infectados. Votuporanga saltou de confortáveis 23 positivos (com 4 suspeitos) para 51 positivos (28 suspeitos). Rio Preto mais que dobrou o número de óbitos: de 10 para 23 e os casos confirmados saltaram de 308 para 635. E Fernandópolis? A cidade vinha se solidificando como quase que um exemplo, com casos restritos a 15 confirmações e 4 suspeitos, assistiu os números exponenciarem 306% e atingir 61 positivos e outros 15 suspeitos. Isso num intervalo temporal que permite afirmarmos com segurança e baseado em consultoria médica com infectologista, que o acrescimento provém, em maior parte, do comportamento ostentado naqueles dias de licenciosidade nas restrições.


Flexibilização é ato de viés econômico e um risco sanitário. Rezemos. E muito!

E acresçamos a esses dados, outro de suma importância. O Estado ao autorizar a flexibilização cá e na região colocou-nos no mesmo grupo da capital paulista, o segundo pior avaliado, à frente apenas da região metropolitana e da Baixada Santista. Somatizando tudo, reconheçamos que há uma probabilidade alta de aumento exponencial na propagação do coronavírus, com consequente disparada nas confirmações e possível saturação de leitos. Para os descrentes, é só rememorar que Jales está com a UTI superlotada e dispunha de só mais um leito para pacientes do Covid-19. E ainda tem que atender a demanda local e de mais 16 cidades da microrregião (cerca de 100 mil pessoas). Óbvio que a flexibilização tem um preponderante viés econômico, o qual é uma necessidade premente do empresariado, mas há um enorme risco recorrente de inutilizar todo o esforço coletivo até agora dispendido na quarentena. Antes da sobrevivência econômica há a biológica. Aqui,  nas mãos de Pessuto!


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