Da Coluna Entrelinhas

Qual o mistério de Iturama? Com 39 mil habitantes, cidade não teve um único caso positivo de Covid-19

Trata-se de um verdadeiro enigma que merece maiores atenções e estudos por parte das autoridades sanitárias, seja para constatar eventual sub-notificação de casos (ou baixa testagem), seja para descobrir o bom segredo dos mineiros e aplicá-lo em todo o país, salvando vidas e economias.

Certo é que até ontem, 31 de Maio de 2020, o município fronteiriço com o território paulista, onde residem cerca de 39 mil pessoas (dado de 2019), ainda não havia registrado oficialmente um único caso sequer de positivo para a Covid-19.

Informativo divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de lá mostra que havia somente um caso suspeito com pessoa internada, além de outros trinta em isolamento domiciliar. 

Atentando-nos ao Boletim Epidemiológico, vemos que até ontem apenas 20 testes rápidos foram realizados e mais 10 amostras SWAB, totalizando 30 testagens para o coronavírus realizadas.

Nesse mesmo período, Fernandópolis, por exemplo, com cerca de 70 mil habitantes, já passou dos 300 testes.

Com mais de 60 casos e sem mortes, só Fernandópolis e Pirapora

Dentre todos os municípios com mais de 60 casos positivos para o coronavírus em todo o Estado paulista, somente aqui e em Pirapora do Bom Jesus (município situado na grande São Paulo) é que não ocorreram registros de óbitos.

Até ontem 31/05, noventa e cinco municípios já tinham passado a marca dos 60 casos, informou reportagem de Gustavo Jesus (clique aqui para ler: http://oextra.net/23565/fernandopolis-e-uma-de-duas-cidades-com-mais-de-60-casos-de-coronavirus-sem-obitos-no-estado-de-sp), com registro de ao menos uma morte.

A vizinha Votuporanga, por exemplo, com 61 casos confirmados (números de domingo, 31), já teve 5 mortes e, desde hoje, proibiu todas atividades comerciais.

CNM quer prorrogação dos mandatos dos prefeitos e vereadores até 2022

E o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, defende a tese de que o melhor para o País, hoje, é que a eleição deste ano seja adiada para 2022. Com isso, os atuais prefeitos e vereadores teriam seus mandatos esticados em mais dois anos. A entidade já enviou uma carta aberta ao Congresso Nacional pedindo a modificação.

Aroldi diz que o adiamento deveria acontecer não só por causa de questões sanitárias, por causa da covid-19, mas também por economia. “Para se ter uma ideia, os gastos com as campanhas e o próprio pleito, segundo estudos, chegam a valores em torno de 3,5 a 4,5 bilhões de dólares (de 19 a 24 bilhões de reais), argumenta.