ECONOMIA

Inflação oficial renova recorde em maio e tem menor nível em 22 anos

Inflação oficial renova recorde em maio e tem menor nível em 22 anos

Queda no preço dos combustíveis, principalmente da gasolina, puxou deflação de 0,38% no mês. Em 2020, preços em geral recuaram, segundo o IBGE

Queda no preço dos combustíveis, principalmente da gasolina, puxou deflação de 0,38% no mês. Em 2020, preços em geral recuaram, segundo o IBGE

Publicada há 4 anos

Da Redação

A inflação oficial renovou o recorde de abril e atingiu o menor patamar em 22 anos no mês de maio, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta quarta-feira, 10, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

O indicador teve deflação de 0,38% no mês passado, menor patamar desde agosto de 1998, quando ficou em -0,51%. Isso quer dizer, na prática, que os preços, em geral, diminuíram para o consumidor em maio.

O recuo nos preços dos produtos e serviços ligados aos transportes foi o principal impacto negativo de maio em comparação à inflação de abril, puxado fortemente pelos combustíveis mais baratos.

O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, afirma que “a gasolina é o principal subitem em termos de peso dentro do IPCA e, caindo 4,35%, acabou puxando o resultado dos transportes para baixo, assim como as passagens aéreas, que tiveram uma queda de 27,14% e foram a segunda maior contribuição negativa no IPCA de maio”.

Além da queda no preço da gasolina, o etanol seguiu o mesmo movimento, com variação de -5,96% em maio, pouco depois de recuar 13,51% em abril. No caso do óleo diesel, a queda nos preços foi de 6,44%, quase o mesmo recuo registrado em abril (-6,09%). 

Os itens do grupo de alimentação e bebidas subiram, mas em ritmo menor em relação a abril. Os destaques foram a cenoura, que está 14,95% mais barata, e as frutas, em média, 2,1% mais em conta. 

Já a cebola (30,08%), a batata-inglesa (16,39%) e o feijão-carioca (8,66%) ficaram mais caros para os brasileiros em maio. Os preços da carne ficaram estáveis após quatro meses consecutivos de queda.

O preço dos artigos de residência também ficou mais caro, sofrendo impacto do câmbio. "Esse aumento pode ter relação com o dólar, com o efeito pass-through, quando a mudança no câmbio impacta os preços na economia. E artigos eletrônicos normalmente são mais afetados porque têm muito componentes importados. Então a desvalorização do real acaba impactando o preço desses produtos também”, afirma Kislanov. 

Em maio, os preços dos eletrodomésticos e equipamentos aumentaram 1,98%, enquanto os de mobiliário caíram 3,17%.

De janeiro a maio, o IPCA acumula queda de 0,16%.


Fonte: R7

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