Ex-prefeito de Urupês, Toni Bomba, é preso na fronteira com o Paraguai - Divulgação/Imperio FM
Da Redação
O ex-prefeito de Urupês, Antônio da Silva Oliveira, o Toni Bomba, 64 anos, foi preso, nesta terça-feira, 24, em Pedro Juan Caballero, fronteira do Brasil com Paraguai. O ex-chefe do Executivo, que governou o município da região de Rio Preto de 2013 a 2016, havia sido condenado a 10 anos de prisão - em regime fechado - pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado pelo crime de estupro de vulnerável.
De acordo com a Polícia Civil de Urupês, o mandado de prisão foi expedido em outubro, pelo juiz Vinicius Nunes Abbud. Na ocasião, o delegado responsável pela unidade local, Sérgio Ugatti Durão, iniciou as investigações e concluiu que Toni Bomba já não residia no município há meses.
"Ele havia realmente fugido porque já estaria esperando que este mandado saísse, pois foi condenado no Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal de Justiça", disse o delegado, que recebeu, na época, a informação de que ele poderia estar no Paraguai, país onde seu filho é estudante de Medicina.
Durante as investigações, a polícia descobriu que Toni Bomba estaria vivendo na fronteira entre o país vizinho e Ponta Porã (MS). Com a ajuda do delegado seccional de Novo Horizonte, Eder Galavoti, coordenador da operação, as buscas foram iniciadas e na data de hoje, com o apoio da Polícia Civil de Ponta Porã, as equipes localizaram o ex-prefeito.
Ele foi encontrado trabalhando como funcionário de uma fábrica de lajes e foi preso pelo setor de investigação da Polícia Nacional do Paraguai. Segundo a Polícia Civil, Toni Bomba negou que estava foragido, alegando ter ido viver na região para trabalhar. No entanto, o delegado informou que ele vivia no Paraguai e o filho em Ponta Porã. A reportagem apurou também que a Polícia Federal também estava realizando diligências para localizar o ex-prefeito.
Em 2014, a Justiça de Urupês determinou que o ex-prefeito ficasse a uma distância mínima de 500 metros das vítimas, duas adolescentes que são filhas de sua ex-mulher. Além da perda da função pública do prefeito, o tribunal determinou ainda que o ele seja condenado também ao pagamento de multa no valor de R$ 2.355, o que esquiva a 100 Unidades Fiscais do Estado (Ufesp).
Ex-prefeito pode ser expulso de país vizinho
De acordo com o delegado de Polícia Civil, Eder Galavotti, a Justiça do Paraguai deve dar um parecer ainda entre esta terça, 24, e quarta-feira, 25. Para o delegado, este parecer poderá expulsar Toni Bomba do país, que com a corroboração do juiz, deverá ser entregue às autoridades brasileiras.
"Este costuma ser o trâmite diplomático e com isso, a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul conseguirá cumprir formalmente o mandado de prisão", explicou Galavotti, que lembrou que por enquanto, o ex-prefeito está deito pela polícia paraguaia.
O delegado ressaltou a cooperação e o trabalho da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, que foi quem acionou a polícia paraguaia para efetuar a prisão de Toni. "Ele tentou fugir, mas os policiais já estavam de prontidão, uma vez que não podemos atuar fora do país", explicou Galavotti, que investigou que inicialmente o ex-prefeito estava vivendo em Ponta Porã, mas acabou se mudando para Pedro Juan Caballero (Paraguai).
Fonte: Diário da Região