ESPECIAL

Clara Morenno: A voz feminina do rádio

Clara Morenno: A voz feminina do rádio

Entrevista especial da semana em comemoração ao dia do Radialista

Entrevista especial da semana em comemoração ao dia do Radialista

Publicada há 7 anos



Por Josanie Branco


Desde o surgimento do rádio no Brasil, em 7 de setembro de 1.922, milhares de profissionais estão nos bastidores das rádios trabalhando em prol da informação e do entretenimento: são os radialistas.


 Ao longo de todos esses anos de rádio, o veículo comprova, cada vez mais, sua importância junto à população.


 Na última quarta-feira (21) comemorou-se o Dia do Radialista e para quem não sabe, radialista é aquela voz gostosa e repleta de sentimentos que somente um profissional dessa área poderia ter. Alguém que não transmite apenas notícias, mas sim informações repletas de sentimentos humanos, pessoas que se tornam próximas de uma maneira nada convencional. Profissionais que, por mais natural que sejam os problemas, sempre nos passa um astral positivo e esperançoso.
 Para homenagear essa classe da imprensa, digna de respeito e admiração, temos como nossa entrevista de hoje a radialista Clara Morenno, que há mais de uma década, com a meiguice e simpatia de sua voz, está no ar como um dos grandes destaques da região.




EXTRA: Como começou sua história no rádio?

CLARA: Minha história no rádio começou quando fui chamada para fazer um teste de voz em uma rádio comunitária em Cosmorama, cidade que eu morava, em 2001. Uma pessoa amiga da minha mãe sabia que eu cantava, ela ia na missas e achava minha voz legal para rádio, pediu que eu fosse, então me arrisquei e fui tentar.
 O Diretor da rádio gostou da minha voz e então comecei a fazer minha programação musical semanal todas as tardes na rádio. Tinha muito sucesso, e foi nesta mesma rádio, com a ajuda de uma amiga e o diretor da rádio que escolhemos meu nome artístico: Clara Morenno. Em Fernandópolis, quem me deu a oportunidade de aprender muito do que hoje sei de rádio foi o diretor da Rádio Educadora, na época, Teotônio de Oliveira,   que foi o grande incentivador para que eu me mantivesse  firme na profissão. Quando eu entrei na rádio, aqui na cidade, comecei como recepcionista, e aos poucos fui evoluindo, aprendendo, estudando até os dias atuais, graças a todas as oportunidades que foram surgindo, e eu, como amo a profissão, me aprofundei.


EXTRA: O que o rádio representa na sua vida?

CLARA: Eu Trabalhei em algumas outras áreas antes de entrar em definitivo para o mundo do rádio e posso dizer que, por mais que os anos passem, a magia do rádio continua me contagiando e representa muitas coisas: alegria nos dias de tristeza.
 O que conquistei profissionalmente, conquistei por causa do rádio, devo e sou muito grata a essa profissão que, mesmo ainda faltando o reconhecimento merecido, traz alegria, informação e entretenimento ao ouvinte.


EXTRA: Como você concilia a rádio e a profissão de musicista?

CLARA: Ah (rs) é uma loucura, meu tempo é bem corrido. Meu tempo diário é dividido entre, rádio, gravações de home studio, escola de música - onde sou professora de teclado - e casamentos que toco.  Mas, mesmo com a correria consigo conciliar os horários, graças a ajuda dos profissionais que estou engajada, que me entendem e adéquam para que tudo de certo. É cansativo, mas ao mesmo tempo prazeroso.


EXTRA: Como locutora de rádio, você teve algum momento impactante, algo que marcou sua vida?

CLARA: Tive vários momentos marcantes nessa jornada de locução, mas um dos momentos que me senti feliz, foi em uma edição da Expô de Fernandópolis, onde pude entrevistar o cantor Daniel, de quem eu era fã desde adolescente. Estar frente a frente a ele, já como profissional do rádio, me marcou bastante, era algo que não imaginei em nenhum momento que aconteceria.


EXTRA: Na sua visão, a mulher locutora sofre algum tipo de preconceito ou tem os momentos direitos de igualdade dos homens?

CLARA: Talvez para outros profissionais haja preconceito, mas o que acompanho é que a procura de locutoras é muito grande, acredito que estamos nos igualando aos homens quando a questão é trabalhar em rádio, até mesmo com os ganhos, o que acompanho são iguais para todos.


EXTRA: Como é hoje seu trabalho no rádio?

CLARA: Tenho um programa semanal, que vai ao ar todas as manhãs das 8 às 12hs, nele os ouvintes, além de ouvirem músicas de todos os tempos e estilos, acompanham  as notícias do dia que eu mesma faço, e atendo os pedidos musicais. Cada dia uma surpresa diferente, pois, como eu disse, o rádio é apaixonante todos os dias.


EXTRA: O que representa o Dia do Radialista pra você?

CLARA: O Dia do Radialista, além de ser uma data de comemorações e homenagens, serve para lembrar que temos que reivindicar direitos, pois muitas emissoras não remuneram seus colaboradores como merecem. Nesta data também todos os radialistas devem celebrar juntos, e com orgulho, esta linda profissão. É um dia muito importante e emocionante para nós. Agradeço a todos que em mais uma no lembraram a data e nos homenagearam com tanto carinho.

últimas