ESPORTE
Mesmo com um ano atípico, carateca Enzo Bassi consegue conquistar alguns de seus objetivos
Mesmo com um ano atípico, carateca Enzo Bassi consegue conquistar alguns de seus objetivos
O atleta teve que se adaptar aos treinos online
O atleta teve que se adaptar aos treinos online
O carateca Enzo Bassi - Foto: Divulgação
Assessoria de Imprensa - Blog do Enzo
Ninguém imaginava que este ano haveria uma pandemia que mudaria a rotina de todas as pessoas em um passe de mágica, principalmente a de atletas que tinham tudo para transformar o ano de 2020 em um dos melhores de suas carreiras. A população em geral teve que se adaptar a este ano atípico e continuar a vida de modo diferente, convivendo com a pandemia da Covid-19. Uma dessas pessoas que se adaptou e seguiu com seus treinos e campeonatos foi o carateca de Santa Fé do Sul, Enzo Gabriel Bassi. De acordo com ele, antes de começar a pandemia ele participou da 1ª Fase do Campeonato Brasileiro de Karatê – Etapa Potiguá –, na categoria shiai/kumitê (luta) e da seletiva para uma vaga na Seleção Brasileira de Karatê, na categoria sub 14, modalidade shiai/kumitê, ambos em Natal (RN). “No Campeonato Brasileiro de Karatê eu conquistei a medalha de ouro e também o tricampeonato na 1ª Fase do Campeonato Brasileiro na modalidade shiai/kumitê. Também conquistei a vaga para a Seleção Brasileira de Karatê, na minha primeira tentativa, disputando esta seletiva, pois só este ano cheguei à idade permitida”, explicou ele.
Com o vírus se propagando em meados de março, os atletas tiveram que se adaptar aos treinos online, e no final de abril o carateca revolveu a fazer em sua casa algumas lives de treinos de karatê.
Enzo relatou que a ideia inicial da live foi a de fazer com que os seus seguidores das suas redes sociais fizessem atividades físicas, já que estavam em isolamento domiciliar. “As lives de treinos acabou dando certo e comecei a ter um retorno muito positivo, além de bastante carinho das pessoas as assistiam. Foi daí que transformamos nossas lives em lives solidárias para ajudar o Gavas, isso para que as pessoas pudessem contribuir com a ONG, bem como para nos ajudar a comprar um novo andador para o carateca Fabinho, de Teodoro Sampaio”, explicou.
O carateca destacou ainda que “nossas lives viraram um forte meio de comunicação. Elas continuam acontecendo todas as terças-feiras, sempre a partir das 20h e são transmitidas na minha Fanpage no Facebook Blog do Enzo”, disse o atleta. Como Enzo conquistou uma vaga para a Seleção Brasileira de Karatê, em março, na seletiva, em maio a Confederação Brasileira de Karatê (CBK) montou uma comissão técnica fixa, composta por sete senseis altamente qualificados, além de uma equipe multidisciplinar com especialistas nas áreas de preparação física, nutrição, medicina esportiva, fisiologista, psicólogos e fisioterapeutas para treinar os atletas que foram classificados para a seleção.
Ele disse que a primeira etapa da programação aconteceu de maio a agosto, e as atividades eram desenvolvidas as terças-feiras, quando eram proferidas palestras com alguns profissionais da equipe multidisciplinar. As quintas-feiras eram realizados treinamentos técnicos e táticos com os senseis da comissão técnica e aos sábados aconteciam os intercâmbio com as seleções da América do Sul.
Já a segunda etapa da programação iniciou em setembro, as quartas-feiras, com treinos, com a comissão técnica, e Webinário, com a equipe multidisciplinar. Aos sábados, Enzo começou a participar de um projeto que está acontecendo até hoje, projeto este denominado Treinamento Internacional, organizado pela Virtual Karatê World, em parceria com a CBK. Nele, são realizados treinamentos ministrados pelos principais nomes do karatê mundial.
Enzo destacou que a rotina de treinamentos com os técnicos da Seleção, bem como os técnicos e atletas internacionais, tem sido uma experiência incrível. “Nesses treinos, aprendemos conhecimentos técnicos, táticos, físicos e culturais que têm agregado muito na minha vida profissional e principalmente pessoal, pois nós nos relacionamos com os melhores do mundo e aprendemos, além do karatê, com o dia a dia de cada um deles”, enfatizou.
Além das lives e treinos com a seleção, o carateca começou a participar em junho de campeonatos online. “Participei de 14 competições online, sendo quatro delas internacionais. Nesses campeonatos conquistei 13 medalhas, que foram 10 de ouro, duas de prata, uma de bronze e uma sétima colocação”, relatou. Ele salientou que 2020 não foi um ano atípico só para ele, mas sim para todas as
pessoas. “Os objetivos traçados no começo do ano em ser campeão na 1ª fase do Campeonato Brasileiro de Karatê e conquistar uma vaga na seleção foram alcançados, mas a ausência de representar o meu país nos tatames não foi suprida”, afirmou.
Enzo enfatizou que a CBK tem dado toda a estrutura e apoio para minimizar um pouco esta situação. “O cronograma de treinamentos da CBK tem sido incrível, a troca de experiência com outros atletas, técnicos e seleções é algo rico e inimaginável. Todos nós tivemos que nos reinventar, e comigo não foi diferente. Nova rotina de treinamentos, novo modelo de competição, mas tudo serve para o crescimento e amadurecimento, mas principalmente para o fortalecimento de nossos sonhos, pois passamos a entender que sempre podemos vencer, independentemente do que aconteça.
Além disso, nossas lives foram reconhecidas pelo público que nos acompanha e também pela impressa, então acredito que estamos no caminho certo”, frisou. O carateca salientou que para 2021 espera que as competições presenciais voltem a acontecer, pois sua vontade de entrar no tatame representando seu país é muito grande. “Acredito que algumas coisas não têm mais volta, mas acredito que tudo isso serviu para melhorarmos como pessoa. Espero que os treinamentos da seleção sejam ainda melhores ou, pelo menos, que seja mantido o excelente nível deste ano”, destacou.
Ele disse ainda que “em 2021 aperfeiçoaremos ainda mais nossas lives, pois queremos atingir mais pessoas e também contribuir com mais projetos sociais”, enfatizou.
Enzo ressaltou que desde 2018 treina a distância com o sensei Hélio Arakaki e que, mediante isso, não sofreu muito treinar a distância este ano. Entretanto, para ele, o que mais sentiu com a pandemia foi o distanciamento social, mas a experiência este ano de poder treinar com estes grandes nomes nacionais e internacionais só aumentou seu conhecimento e aperfeiçoou sua técnica no karatê.