PANDEMIA
Enfermeira de Fernandópolis internada com covid-19 mesmo após vacina recebe alta da UTI
Enfermeira de Fernandópolis internada com covid-19 mesmo após vacina recebe alta da UTI
O caso foi enviado para investigação do Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado
O caso foi enviado para investigação do Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado
Enfermeira recebeu alta da UTI e segue hospitalizada na enfermaria - Foto: Reprodução
Da Redação
A Vigilância Epidemiológica de Fernandópolis está preparando um relatório sobre o caso da enfermeira de 31 anos, com comorbidades, que estava internada na UTI da Santa Casa de Fernandópolis com covid-19, mesmo após ter recebido as duas doses da vacina, e também depois do tempo de incubação da doença. Ela recebeu alta da UTI e no momento segue hospitalizada, porém na enfermaria.
O documento será encaminhado para o Grupo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado. De acordo com o instituto Butantan, é prematura qualquer afirmação sobre casos positivos e internações por covid-19 em pessoas vacinadas, uma vez que cada caso é investigado epidemiologicamente não apenas sobre a imunização de forma isolada, mas também com relação a aspectos clínicos como comorbidades e outros fatores não relacionados à vacinação.
De acordo com o pesquisador Maurício Lacerda Nogueira, do Laboratório de Virologia da Famerp, que participou do desenvolvimento da Coronavac, os testes da vacina foram realizados em cerca de 9 mil pacientes, e atualmente milhões de pessoas estão recebendo a vacina. "Agora são alguns milhões, então aquele 0,1% começa a aparecer" afirmou o pesquisador em declaração dada ao 'Diário da Região'. Ele reforçou ainda que esporadicamente, pode ser que o imunizante não faça a pessoa que o recebe desenvolver anticorpos. "Nada é cem por cento."
O Instituto Butantan reforçou que vacinas salvam vidas e que a imunização de rotina é fundamental para evitar que as pessoas morram por doenças que podem ser prevenidas. Além disso, destacou também que a vacina protege contra complicações da doença e que ela é segura e eficaz para a população na qual foi testada - pessoas acima dos 18 anos. "Algumas pessoas podem ainda desenvolver a doença mesmo tendo sido vacinadas, mas isso é exceção à regra", garantiu o Butantan.