ARTIGO

A PRÁTICA DA LIBERDADE INTERIOR

A PRÁTICA DA LIBERDADE INTERIOR

Por Pablo Dávalos

Por Pablo Dávalos

Publicada há 3 anos

É verdade que, grande parte de nosso estresse surge de algum tipo conflito ou dissonância entre nossos anseios e o que fazemos. O mesmo ocorre quando existe forte contraste entre o que realmente nos importa e o que fazemos no dia a dia. Quando há uma lacuna entre os dois, é sempre incômodo. Tentamos e fingimos, mas no fundo temos que nos obrigar, a continuar no caminho desgastante por inúmeros motivos aprisionantes, certo? Vejo muito isso em casamentos, sociedades, empregos, carreiras.

 Acredito que há muitas formas de resolver isso. Primeiro, há uma forma pessoal. Depois, outra que é interpessoal. A forma pessoal é simplesmente encontrar uma espécie de liberdade e paz interior. Não se preocupar demais com certas coisas que acabam com sua liberdade interior. Porque se você não tiver liberdade interior, é claro que será prisioneiro de sua própria atividade mental. E esse não é um estado agradável para nenhum de nós.

 A liberdade interior faz com que a pessoa não fique tão presa entre a esperança e o medo, o que a torna menos vulnerável. E se você estiver menos vulnerável, ficará menos preocupado consigo mesmo. A mágica ocorre, ao se preocupar menos consigo mesmo, pois poderá se abrir mais para os outros, não se sentirá constantemente ameaçado nem preocupado com atender às expectativas alheias sobre você, e nem com alguma tensão que poderia surgir. Todos sabemos que temos os recursos internos para lidar com altos e baixos da vida. Você se sente mais forte quando pensa assim, e ao se sentir mais forte você se abre mais para os outros, porque se sente menos inseguro. Esta é uma das formas, encontrar liberdade e paz interior.

A outra forma é cultivar ativamente, bondade, benevolência, compaixão, complacência amorosa. Porque se você se voltar para os outros com essa atitude amorosa, você também estará menos preocupado com seus sentimentos. Os altos e baixos: “como me sinto hoje? Como me sinto esta manhã? Como estou me sentindo esta tarde?” Deixam de fazer sentido, pois existe muito egoísmo nesse comportamento e tipo de perguntas egocêntrica. 

Ser feliz não uma sucessão infinita de sensações de prazer, isso é uma rotina de exaustão e repetições. Ser feliz resulta do cultivo simultâneo de muitas qualidades fundamentais que hoje são esquecidas: altruísmo, compaixão, liberdade interior, resiliência, equilíbrio mental e emocional, paz interior entre outras. Muito distante do prazer, os significados da felicidade são o resultado de todas essas qualidades e habilidades cultivados por meio da prática e do treinamento de nossa mente. Precisamos de coragem para saber nosso próprio valor no nosso íntimo, sem importar o que o mundo diga.


Pablo Dávalos

Engenheiro de Produção

MBA executivo em Gestão Industrial pela FGV (em andamento)

Green Belt e Black Belt na metodologia Six Sigma

Gerente Administrativo e Consultor em PCP Planejamento e Controle de Produção

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