PRISÃO

Ex-diretor do Aeroclube de Fernandópolis está entre os presos em operação da PF

Ex-diretor do Aeroclube de Fernandópolis está entre os presos em operação da PF

Prisão faz parte de megaoperação em vários estados contra o narcotráfico internacional

Prisão faz parte de megaoperação em vários estados contra o narcotráfico internacional

Publicada há 3 anos

Hangar lacrado em Rio Preto durante operação da Polícia Federal

Hangar lacrado em Rio Preto durante operação da Polícia Federal - Divulgação/PF

Da Redação

Foram presos pela Polícia Federal de Rio Preto durante a operação ‘Grão Branco’, deflagrada nesta quinta-feira, 06, três pilotos de avião suspeitos de participação no tráfico internacional de drogas. Um hangar do aeroporto de Rio Preto foi lacrado.

Um dos presos é ex-diretor do Aeroclube de Fernandópolis e membro da empresa Preflight, com sede em Rio Preto, e que cuida da administração do Aeroclube.

Dois pilotos de Rio Preto foram detidos em Fronteira (MG) suspeitos de falsificar documentação de aviões adquiridos pela quadrilha, enquanto um terceiro foi preso em Valentim Gentil, suspeito de transportar a droga da Bolívia até o estado do Mato Grosso, onde a mercadoria era distribuída entre caminhões e aviões bimotores.

Policiais federais cumpriram 110 mandados judiciais, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Entre os mandados, há 38 de prisão e 72 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres/MT.

A Justiça Federal determinou, também, a busca e apreensão de 10 aeronaves e o sequestro de todos os bens de 103 pessoas físicas e jurídicas investigadas. O valor total de bens sequestrado está sendo apurado.

As investigações tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira – Gefron de Mato Grosso, apreenderam 495 kg de cocaína no município de Nova Lacerda/MT. No curso da operação, foram realizados mais de 10 flagrantes com apreensão de aproximadamente 4 toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime.

O líder da organização criminosa, já condenado por tráfico de drogas, encontrava-se foragido da justiça brasileira e controlava toda a logística do transporte da droga a partir de uma mansão em um condomínio de luxo em Santa Cruz de La Sierra – Bolívia, desde a saída da droga daquele país por meio de aeronaves, até o recebimento dela em pistas clandestinas no Brasil, o carregamento em carretas e a entrega em grandes centros do Brasil.

Em 2020, por meio da cooperação internacional com a Polícia Boliviana (CERIAN-Centro Regional de Inteligência Antinarcóticos), o líder foi expulso do país e entregue as autoridades brasileiras, iniciando o cumprimento da pena do crime. Seus familiares e outros integrantes da organização criminosa continuaram a comandar a logística de transporte da droga.

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