As coisas mudam, e dificilmente aceitamos que elas não são mais as mesmas. A vida toma seu rumo natural diante das variáveis e mudanças, a vida segue em frente e nós deveríamos fazer o mesmo. Temos a tendência de quebrar nossas histórias e depois tentar juntas várias partes, na tentativa de fazer uma linda tela ou pintura para todos apreciarem na sala ou corredor, como se nossas vidas fossem uma obra à preço alto ou baixo, exposta em um museu de arte para estranhos opinarem das mais diversas e inescrupulosas maneiras, sem saber sequer quem usou os pinceis ou a tinta na concepção. Seguir em frente, assim como o curso natural da vida faz, pode ser uma solução eficaz em um mundo no qual não importa o tanto que você se esforce, a crítica irresponsável e invejosa, pode surgir.
Possuir a sensibilidade de enxergar as pessoas que nos rodeiam objetivamente como elas são por dentro e não apenas subjetivamente, muitas das vezes prevalecendo a visão superficial julgada por fora, deveria ser uma condição sine qua non para a convivência em sociedade e a evolução do grupo como um todo, ao invés da prevalência e domínio do orgulho individualista que muitas vezes fala mais algo do que tudo aquilo que a tríplice poderosa, o coração, a razão e a educação nos ensinaram em todas as primaveras que colecionamos até aqui.
Para descobrir o que alimenta nossa alma, é necessário percorrer corredores escuros. É claro que somente quando nos damos conta disso, é que arriscamos um tímido sorriso pois temos a sensação de liberdade de toda a opressão que situações corriqueiras as quais somo submetidos. Singelamente, em algumas bifurcações de nossas vidas, tomamos decisões acreditando estarmos livres sem sequer imaginar o que está por vir a nossa frente, são nesses momentos que para nossa surpresa, o frio na barriga aparece e o batimento cardíaco acelera, então inexplicavelmente começamos a gostar cada vez mais daquilo que estamos fazendo, mesmo sem planejamento algum, mas com uma coragem indescritível que nos dá a segurança de um futuro certo como sonhamos, sem nos importar com os demais que de modo algum acrescentam. Não demora muito tempo, para descobrirmos o motivo pelo qual temos a sensação de bem estar e poder. Nos mover para uma nova direção, nos liberta
Quando construímos uma casa, o primeiro passo é fazer o alicerce. Se temos o alicerce bem construído, um fundamento sólido, tudo o que vem em cima é duradouro. De nada adianta ter paredes bonitas, cores bonitas e alicerce frágil, possivelmente teremos rachaduras e talvez até desabamento. Portanto, uma carreira ou até mesmo sua vida, tem que ter o fundamento bem sólido, e isso vale para equipes também, pois uma equipe bem administrada, precisa ter fundamentos bem definidos e isso tem que acontecer tanto no papel quanto na prática. Quando falamos de gestão estratégica, me lembro do conceito de missão. Ter uma missão significa ter uma declaração de nascimento, significa saber o porquê existimos. Declarar o motivo da nossa existência, é declarar qual é a nossa missão. É nesse contexto que devemos trabalhar para algo maior, qual é o motivo da minha, da sua, da nossa existência? Quando estivermos preparados para responder essa questão com sinceridade e paz, poderemos nos considerar mais próximos da concretização de nossos sonhos.
Pablo Dávalos
Engenheiro de Produção
MBA executivo em Gestão Industrial pela FGV (em andamento)
Green Belt e Black Belt na metodologia Six Sigma
Gerente Administrativo e Consultor em PCP Planejamento e Controle de Produção