ARTIGO

O tempo

O tempo

Por Carlos Eduardo

Por Carlos Eduardo

Publicada há 2 anos

Ah, o tempo! Essa grandeza física que nos confere a sensação de passado, presente e futuro. 

O tempo serve de balizador para dividir as nossas vidas em fases e também nos auxilia na superação de traumas que só amenizam com a sua passagem.

Na partida de um ente querido, por exemplo, não adianta lutar contra o sofrimento durante a fase de luto, pois somente a passagem do tempo para atenuar a dor aguda e transformá-la em saudade. Essa fica, não tem jeito!

Na desilusão, o pensamento fica dando voltas na cabeça e a revolta, às vezes, toma conta do coração. No entanto, apenas o tempo para nos impelir ao perdão ou até mesmo ao esquecimento.

“O tempo é bálsamo que não apaga as cicatrizes, mas cura todas as feridas”, e estas são mais doloridas do que aquelas.

Com as experiências da vida, a ingenuidade e o desatino diante das vicissitudes, com o tempo e somente com o passar dele, vão se transformando em malícia (no bom sentido da palavra) e em cautela.

Quando somos jovens, parece que o tempo passa vagarosamente, mas quando as areias da juventude se esvaem na ampulheta da vida, quase não percebemos a sua passagem, talvez preocupados com o aumento das responsabilidades ou entorpecidos pela ganância de amealhar patrimônio, geralmente mais do que precisamos.

O tempo é fugaz na infância dos filhos e quando ela se vai, sentimos saudades dessa época. Quando eles saem de casa então, pior, a sensação de ninho vazio nos traz à lembrança um tempo que não voltará jamais.

Ele também é relativo, pois a experiência de passar uma hora na fila de uma agência bancária parece uma eternidade, mas com os velhos amigos na mesa de um bar ou em uma festa com os familiares, torna-se uma brevidade. 

A convivência social na terceira idade induz os dias a passarem no tempo certo, mas a solidão da viuvez ou de um idoso abandonado pelos seus familiares faz “os relógios caminharem lentos”.

Já que a passagem do tempo é inexorável, vamos perdê-lo, ou ganhá-lo (talvez essa seja a palavra certa), com algo que realmente valha a pena: o contato com a natureza, praticar exercícios físicos, cuidar da saúde, viajar nas férias sempre que possível e conhecer novos lugares, separar um tempinho para o lazer e dar mais atenção à família e aos amigos.

Já que o seu transcurso é inevitável, vamos aprender com as lições diárias proporcionadas pela vida para nos tornarmos pessoas melhores.

Já que o tempo vai passar de qualquer jeito, deixe um bom legado para as próximas gerações antes que você não tenha mais tempo para nada, antes que o seu tempo por aqui acabe.


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