Ainda temos algum tempo antes das definições e, portanto, mutações nesse cenário atual certamente ocorrerão, mas, hoje, ele é desfavorável - e muito - às pretensões futuras, tanto de João Doria como de Jair Bolsonaro em emplacarem seus "escolhidos" no governo paulista.
Começando pelo primeiro, seu indicado para a própria sucessão, o vice Rodrigo Garcia (PSDB), detém a preferência de "exuberantes" 5% de preferência do eleitorado na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, sinalizando um ponto de partida muito abaixo do esperado e que precisará ser revertido celeremente sob pena de naufrágio antecipado. Conjuntura ruim, muito ruim!
Já o escolhido pelo segundo, o seu ministro de Infraestrutura Tarcísio Freitas, conseguiu ainda ter desempenho pior: apenas 2% dos entrevistados votariam em seu nome para ser o futuro governador de São Paulo. Péssimo!
Porém há que se distinguir a situação de ambos.
Garcia pertence ao partido hegemônico nas terras paulista há mais de 20 anos e o PSDB, queriam ou não seus opositores, tem enorme estrutura organizacional Estado afora; já Bolsonaro e Tarcísio sequer têm partidos para chamá-los de seus. Assim, é mais provável uma ascensão estatística de Rodrigo Garcia que de Tarcísio Freitas, embora o contrário também seja factível.
Há! Os números!
Pelos dados divulgados em pesquisa Exame/Ideia, Geraldo Alckmin (PSDB) tem 19%; Fernando Haddad (PT), 16%; Márcio França (PSB), 15%; Guilherme Boulos (PSOL), 14%; Paulo Skaf, (MDB), 7%; Rodrigo Garcia (PSDB), 5%; Arthur do Val (Patriotas), 4%; Vinicius Poit (Novo), 2%; Tarcísio de Freitas, 2%; Branco/nulo, 8%; não sabe, 8%. Foram ouvidas 2.000 pessoas entre os dias 23 e 26 de agosto, por telefone, tanto para fixos quanto celulares. A margem de erro é de 1,75 ponto percentual.