Quando estamos em um Shopping sempre vamos a uma praça de alimentação e nestes últimos anos, são inúmeras vezes que deparamos com famílias nestas praças de alimentação ou restaurante e notamos que quase sempre elas não agradecem a Deus pela refeição.
É provável que você também tenha visto e, se viu, com certeza não se lembrará desta prática rara nos dias de hoje. Isto também tem ocorrido em nossas casas, e de certo modo não temos percebido. Há alguns anos atrás está cena era bem comum. Lembro-me que, em minha casa, eu quando criança, eu e meus oito irmãos sentados à mesa para a refeição, ficávamos assustados quando tínhamos pouca coisa para comer, e mesmo assim os meus pais agradeciam por tudo aquilo que Deus dera a nós, e minha mãe dizia: em tudo dai graça esta é a vontade de Deus! Coisas simples que era agradecer pelo alimento hoje raramente vemos. Este hábito de oramos fazia parte do dia a dia das famílias e passavam de forma natural de pais para filhos. Sabemos que a cada geração os hábitos e costumes mudam comparados às gerações anteriores. As mudanças sociais das últimas décadas alteraram a rotina, a forma de viver em família e os novos hábitos trouxeram reflexos não só na vida dos adultos, mas também das crianças. O sedentarismo e o estilo de vida mais individual, o consumismo, a adultização e até mesmo o uso exagerado de tecnologias desfavorecem o convívio social, além das atividades físicas, tais como correr, pular e outras brincadeiras tão importantes para o desenvolvimento infantil. A criança precisa ser criança em todas as gerações. Esta é uma fase muito importante, pois ela tem a oportunidade de passar apenas uma vez na vida. É comum ouvirmos dizer que as crianças de hoje são muito diferentes do que as do passado. No entanto, as crianças em si seu código genético, suas potencialidades e formas de interagir com o mundo não mudaram. O que mudou drasticamente foram nossas ideias sobre a infância e sobre as formas de educação da criança. Na medida em que a ciência divulgou conhecimentos sobre competências precoces das crianças, os adultos passaram não só a apresentar o mundo cada vez mais cedo para elas, como também a respeitar suas necessidades. Isso, por exemplo, culminou no questionamento de práticas punitivas de educação, tema tão discutido hoje em dia. Enfim é indispensável criar os filhos com noções de espiritualidade. Ela nos dá a sensação de pertencermos a algo maior ao magnífico, mistério da humanidade que não se restringe à matéria, ao concreto, que fenece extinguir-se. Isso traz auto- estima para a criança, faz com que se sinta elevada, incentivando-a a reverenciar a vida a dela e a dos outros, os valores humanos e a beleza da natureza a liberdade de crença abriram ao cidadão a possibilidade de fazer escolha. Também traz noções de esperança, que combatem o desespero, da perda do sofrimento e da morte. No dia 12 de Outubro vamos agradecem a Deus pela vida das nossas crianças.
Odair Martins