PREOCUPANTE

47% das mulheres deixaram de ir ao ginecologista na pandemia

47% das mulheres deixaram de ir ao ginecologista na pandemia

É o que revela pesquisa denominada "Câncer de mama: tabu, falta de clareza sobre a doença, diagnóstico precoce e autocuidado"

É o que revela pesquisa denominada "Câncer de mama: tabu, falta de clareza sobre a doença, diagnóstico precoce e autocuidado"

Publicada há 3 anos

Da Redação 

Uma pesquisa realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da farmacêutica Pfizer, mostrou que 47% das mulheres entrevistadas deixaram de frequentar o ginecologista ou o mastologista durante a pandemia.

Denominada "Câncer de mama: tabu, falta de clareza sobre a doença, diagnóstico precoce e autocuidado", a pesquisa aponta também os perigos de as mulheres fazerem o autoexame, que pode, sim, detectar a doença, mas apenas em estágios mais avançados, o que dificulta o tratamento e as chances de cura.

Dentre as entrevistadas, 21% alegaram não saber do risco de o autoexame apontar um tumor já em estágio avançado.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, a mamografia é o único exame que apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade por câncer de mama. Ela detecta o câncer precocemente, ampliando a possibilidade de cura com tumores em fases ainda iniciais.

No Brasil, deverão ser mais de 65 mil novos casos de câncer de mama por ano até 2022, de acordo com o Inca. E cerca de 30% das mulheres deverão ter metástase, mesmo com diagnóstico precoce.

Embora o índice ainda esteja alto esse ano, houve uma redução em relação a 2020, quando a pesquisa revelou que 62% não estavam indo às consultas.

Por outro lado, o percentual de 27% das que disseram que seguiam a mesma frequência de consulta ao especialista no ano passado saltou para 42%.

Em relação à importância de um diagnóstico precoce, 59% mencionaram a importância de exames como mamografia ou ultrassonografia regularmente após os 40 anos e acompanhamento ginecológico.

Já 55% das respondentes disseram que devem fazer exames de rotina desde o início da vida adulta, se houver casos da doença na família. Isso mostra que mais da metade das mulheres sabem que a hereditariedade é um fator que precisa de atenção.

A pesquisa online foi realizada entre os dias 7 e 23 de setembro de 2021 e contou com 1.400 mulheres, a partir de 20 anos, moradoras de São Paulo (capital) e das regiões metropolitanas de Belém, Brasília, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Fonte: Viva Bem/Portal UOL.

O exame de mamografia ainda é o método mais eficaz de diagnóstico para detecção da doença. Quanto mais precoce a descoberta e remoção do tumor em sua fase inicial, maiores são as chances de cura, podendo ultrapassar 95% (Foto: Arquivo/Hospital de Amor)

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