Quando escrevia sobre a profundidade do amor de Cristo, li sobre o pré-sal, a grande descoberta da Petrobras, que colocou a empresa e o país como um dos grandes em reserva de petróleo no mundo. Uma riqueza que está abaixo de uma camada de sal, que possui cerca de 2 mil metros de espessura. Iniciamos aquele ano com uma reserva entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo. O mundo também iniciaria o ano com uma de suas grandes crises financeiras, a crise na Europa com a dificuldade de alguns países em pagar suas contas. Como conhecer a profundidade do amor de Cristo, se temos vivido os mesmo problemas de anos a traz, tantos problemas? Se temos visto jovens colocarem fogo nos moradores de rua, médicos e dentistas serem mortos em seus consultórios? Se vemos jovens sendo denunciados pelas suas próprias mães por crimes bárbaros que cometeram? Como falar a eles deste amor tão profundo por nós? Como podemos falar de amor e justiça, se vemos a trágica história de crianças que foram mortas por balas perdidas no Rio de janeiro. Números assustador de mulheres espancada durante a pandemia.E os ataques à justiça por aqueles que querem escapar da cadeia em Brasília desafiando a Constituição, a harmonia e a paz entre os poderes de nosso país? Como falar do amor de Cristo e sua justiça? Muitos se perguntam onde está Deus quando tudo isto acontece. A humanidade tem descido a um lago de lama profundo por falta de Deus e do conhecimento da profundidade do amor de Cristo por nós. A profundidade da cruz mostra todo o sofrimento de Cristo pro amor a nós. O Senhor tem misericórdia de nós e nos salva. Assim, para onde podemos fugir? Como podemos escapar do Espírito do Senhor? Para onde fugiremos da sua presença? Cristo é o companheiro vivo de toda pessoa que deposita nele a sua confiança. Foi ele quem disse: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28.20). A profundidade do amor de Cristo é visível na ressurreição. Ela possibilitou a Cristo identificar-se com todos os cristãos, em todos os séculos, conferindo-lhe o poder de servi-los. “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço” (Jo 14.12). Para conhecer a profundidade do seu amor por nós, devemos ter comunhão com Ele. Mas, para alguns, essa comunhão é somente uma aspiração não realizada. Não a conhecem nem a encontraram verdadeiramente. A dificuldade está em não nos entregarmos a Ele totalmente. Conhecer a profundidade do amor de Cristo é viver segundo essa vontade.
Odair Martins