Quem há de recordar-se de 2013 e da Operação Fratelli (e da Máfia do Asfalto), destinada a apurar desvios de recursos públicos em centenas de obras de recapeamento e asfaltamento na região – e também Estado afora – e que tinha empresários e políticos votuporanguenses no epicentro?
Pois, aparentemente, o ‘pesadelo’ voltou nesta terça-feira, 15, após publicação de reportagem veiculada no jornal O Estado de São Paulo, que mostra, novamente, grampos ligando o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), o votuporanguense Carlão Pignatari (PSDB), com o médico Cleudson Garcia Montali, pseudo-administrador de Organização Social (OS) que administra hospitais e santas casas.
Presumivelmente, numa ligação de 2019, ambos tratam da tentativa de interferirem na Santa Casa de Santa Fé do Sul, para colocarem uma OS de Montali na administração da entidade. Há uma aparente prestação de contas.
Montali é alvo da ‘Operação X’ da Polícia Civil e estava com telefones interceptados. Ele é acusado de gestão fraudulenta em 27 cidades e foi condenado a 200 anos de prisão por desvios de mais de R$ 500 milhões na Saúde.
Somente relembrando, a ‘Fratelli’ foi anulada no Supremo Tribunal Federal (clique aqui) após os ministros considerarem ilícitas as escutas telefônicas feitas pelo Ministério Público Estadual, através do Gaeco, com autorização da Justiça, pelo juiz Evandro Pelarin, então na Comarca fernandopolense.
Enquanto isso...