Por Marcela Barbar 

Nesta época do ano é comum encontrar enfeites de Natal nas portas das casas, em vitrines, praças e estabelecimentos comerciais. Algumas cidades são enfeitadas, já outras nem tanto.

Cada família tem um jeito diferente de comemorar o nascimento do menino Jesus, enquanto algumas curtem com amigos em festas, outras preferem cearentre parentes. Com o passar dos anos, o costume de montar enfeites de Natal por toda a casa foi se perdendo, fazendo assim com que o espírito natalino deixasse de transmitir aquela alegria no olhar de quem passa em frente às residências enfeitadas com pisca-pisca, árvores coloridas e também Papai Noel.

Há tempos atrás, Fernandópolis era muito mais enfeitada, hoje as pessoas estão desestimuladas em relação à decoração de Natal, talvez em decorrência da crise que o país vem passando, mas em meio a tanto desinteresse, ainda existem pessoas sensíveis que persistem na tradição.

Neste clima de sensibilidade e solidariedade que o Natal nos propicia, o “O Extra.net”, traz hoje a história de pessoas que estão virando tradição na cidade com seus enfeites natalinos. Dona Dirce Oliveira, uma senhora de 80 anos, dona de casa, cheia de energia, vitalidade e muito vaidosa, apesar da idade, relata que há mais de 50 anos, devido a uma promessa, vem montando um Presépio em agradecimento a uma benção recebida. “Tenho muita fé, porque tudo o que eu pedi para Deus fui atendida. Tem gente que acaba abusando, dizendo que não devo crer em uma imagem que é feita de barro, mas eu acredito e muito. A religião que meu pai me deu eu vou levar comigo para a vida toda e ninguém vai tirar isso de mim. Cresci sendo católica e assim será”, relatou a idosa.

O professor de História e Geografia, Adauto Cassimiro também vive de forma intensa a magia do Natal. Há alguns anos ele enfeita toda a sua casa com decorações natalinas. Mesmo relatando ter um alto custo com manutenção e energia elétrica, ele confessa que é uma grande paixão. “Todo ano monto esses enfeites de Natal, acho que o mês de dezembro é muito mágico e para mim é também uma forma de homenagear a minha mãe, que gostava muito dessa época. Pena que hoje as pessoas estão perdendo esse espírito de Natal, não se vê mais casas decoradas como antes e nem a tradição do Presépio, que eu faço questão de manter por retratar a vida de Jesus”, contou Adauto.

Dona Dirce respeita as outras religiões, porém não permite que ninguém desrespeite a sua 

Adauto se encanta todos os anos com as decorações de Natal