EU SOU UM MILAG

“Há sempre uma esperança àquele que crê”

“Há sempre uma esperança àquele que crê”

Com os dias contados, segundo a medicina, Ana Dias vence o câncer

Com os dias contados, segundo a medicina, Ana Dias vence o câncer

Publicada há 7 anos



Por Josanie Branco


O sorriso sempre foi uma das características mais marcantes de Ana Dias Ferreira, 63 anos, mulher guerreira e que sempre viu a vida com os olhos da fé. Assim como a maioria das pessoas que descobrem uma doença, Ana levou algum tempo para entender o problema e as transformações que teria em sua vida, com a descoberta de um câncer.


 Em novembro de 2014, Ana resolveu procurar um médico, pois há dias sentia dores na perna, quando andava. “O doutor pediu que eu fizesse uma bateria de exames e ele me diagnosticou com uma bactéria, me receitando antibióticos que, possivelmente, seria a solução do problema. Porém, ao invés de apresentar melhoras, eu me sentia cada vez mais debilitada, além das dores eu não conseguia nem mais me alimentar, foi quando procurei outro profissional, que novamente me solicitou exames. Com os resultados em mãos ele disse que eu estava com outro tipo de bactéria, me prescrevendo novos remédios, que igualmente não surtiram efeito. Foram mais de dois meses de dores insuportáveis, então minha nora me indicou outro profissional, desta vez de Votuporanga e eu, mas que depressa, fui para outra consulta”, conta.


A TRISTE DESCOBERTA

Ao tomar conhecimento dos sintomas apresentados pela paciente, o doutor rapidamente encaminhou Ana para uma tomografia e no mesmo ele já informou a família sobre a descoberta da doença. “O doutor ligou para minha nora e pediu que ela fosse ao seu consultório, chegando lá, ela foi informada de que meu quadro era seríssimo, muito grave, um câncer de ovário que já tinha se alastrado para o peritônio. Com o diagnóstico, era hora de procurar um tratamento especializado para pessoas com câncer. Fui encaminhada para Barretos, agendada para janeiro do ano seguinte, mas os médicos de Rio Preto disseram que eu não conseguiria esperar tanto tempo, era preciso iniciar o tratamento com urgência, foi quando, pela graça de Deus, eu consegui uma vaga no Hospital de Base, em Rio Preto”, explica.


O INÍCIO DO TRATAMENTO

O mês de dezembro daquele ano, com certeza foi um dos mais tristes e difíceis na vida de Ana e sua família, foram oito dias de internação até que todos os exames fossem feitos, preparando-a para a cirurgia. “Os médicos me abriram e quando viram o avanço da minha doença, nada fizeram e me fecharam, na época eles disseram para o meu marido que não havia nada a ser feito, pois o câncer já tinha se alastrado, então, me mandaram  voltar para casa, explicando ainda que em poucos dias eu não andaria mais, não teria forças para ir ao banheiro e nem comer. Me deram seis meses de vida, pois, segundo a medicina, meu quadro não tinha mais solução, era só esperar pela morte. Indignado com o parecer dos médicos, meu marido não aceitou e pediu que fosse feita,  como tentativa, a quimioterapia, ao todo foram 29 sessões, vi meus cabelos caírem e meu corpo ficar cada dia mais fragilizado, cheguei a pensar que não suportaria, mas em nenhum momento perdi a minha fé”, explanou Ana.


UMA NOVA TENTATIVA

Após ser submetida a todas as sessões de químio, bastante debilitada, Ana e seu esposo Moisés foram informados pela nova médica, que agora acompanhava seu tratamento, de que ela seria submetida a uma nova cirurgia, que aconteceu em sete de julho de 2015, um procedimento que durou nove horas. “A doutora tinha nos avisado que seria mais uma tentativa e se ela constatasse que não havia como me operar, novamente iria me fechar sem mexer em nada. Confesso que foi um momento de medo e ansiedade, era uma difícil decisão e eu sabia que as notícias poderiam ser ainda piores. Aquele foi meu momento de intensa intimidade com Deus, eu estava indo para o hospital, dentro do carro, e durante a viagem pedi ao Senhor que cuidasse de mim, e que se minha missão tivesse chegado ao fim, eu estava pronta, mas queria que Ele me levasse quando eu estivesse no centro cirúrgico, então, diante do meu pedido, eu fui para a cirurgia sabendo que poderia não mais voltar. Lembro-me que quando eu retornei da anestesia, já no quarto, elevei meus pensamentos e agradeci de todo meu coração, pois eu senti ali, que minha missão aqui na terra ainda não havia se cumprido e que Deus me dava uma nova chance de vida”, relatou.


 Para a surpresa de Ana e seus familiares, a cirurgia foi considerada pelos médicos como um grande sucesso, sendo retirados ovários, útero, apêndice, trompas e parte do peritônio. Após sua recuperação, em casa, Ana foi submetida a mais 29 sessões de quimioterapia.


A BOA NOTÍCIA

Em setembro daquele mesmo ano, era chegado o momento de fazer novos exames e de saber como estava o quadro de Ana, se ainda havia resquícios da doença em seu organismo. “Fiquei bastante apreensiva e quando a doutora abriu meus exames ela disse que eu não tinha mais nada, naquele momento eu e meu esposo glorificamos ao Senhor, então, a médica olhou para nós e disse: ‘milagres acontecem’. Hoje não sinto absolutamente nada, vivo sem problemas e não uso medicamentos, mas faço acompanhamento de rotina a cada seis meses”, diz.


IDEAL DE VIDA

Ana voltou ter uma vida normal, sem nenhuma sequela e faz planos de viver muitos anos para ver seus netos crescerem. “Para mim tudo é motivo de gratidão, afinal eu tinha noção da gravidade da minha doença, então sei que se eu estou aqui, é por vontade de Deus. O Senhor foi maravilhoso comigo, sinto sua presença a todo instante e estou disposta a aceitar sempre os planos de dEle para minha vida, sinto-me muito feliz e grata ao Pai e a todos que me apoiaram e oraram por mim, hoje eu estou curada, EU SOU UM MILAGRE”.     

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