MINUTINHO
Amigos e inimigos
Por: Emmanuel/Chico Xavier
O amigo é uma bênção.
O inimigo, entretanto, é também um auxílio, se nos dispomos a aproveitá-lo.
O companheiro enxerga os nossos acertos, estimulando-nos na construção do melhor de que sejamos capazes.
O adversário identifica os nossos erros, impelindo-nos a suprimir a parte menos desejável de nossa vida.
O amigo se rejubila conosco, diante de pequeninos trechos de tarefa executada.
O inimigo nos aponta a extensão da obra que nos compete realizar.
O companheiro nos dá força.
O adversário nos mede a resistência.
Precisamos do amigo que nos encoraja e do inimigo que nos observa. Sem o companheiro, estaremos sem apoio e, sem o adversário, ser-nos-á indispensável enorme elevação para não tombarmos em desequilíbrio.
Jesus foi peremptório em nos recomendando: “Amai os vossos inimigos”.
CRÔNICA
Mantenha o seu garfo
Por: Tradução: Sérgio Barros
Uma jovem mulher tinha uma doença terminal e lhe foi previsto, pelos médicos, apenas mais três meses de vida. Desta forma, ela começou a colocar suas coisas “em ordem”, preparando o desencarne.
Passado algum tempo, ligou para um amigo e pediu que viesse à sua casa para discutirem determinados aspectos de seus últimos desejos. Conversaram sobre vários pontos e ela lhe passou todas as suas últimas vontades relacionadas ao serviço funerário. Tudo estava em ordem e o amigo preparava-se para sair quando a mulher lembrou- se de algo muito importante para ela.
- Tem mais uma coisa! Disse excitada.
- Do que se trata? Perguntou o amigo.
Imagem: ilustração/Reprodução
- Isto é muito importante. - a mulher continuou - Eu quero ser enterrada com um garfo em minha mão direita.
O amigo, assustado, ficou olhando a mulher sem saber o que dizer.
- Isto é uma surpresa para você, não é? A jovem mulher perguntou.
- Bem, para ser honesto, estou confuso com este seu pedido. Respondeu o amigo.
A mulher então explicou.
- Quando eu era criança visitava minha avó e quando no jantar os pratos começavam a serem recolhidos, ela inclinava-se em minha direção e cochichava em meu ouvido:
- Mantenha o seu garfo.
Era minha parte favorita porque eu sabia que algo melhor estava por vir... Como o bolo de chocolate ou a torta de maçã.
- Assim, eu apenas quero que as pessoas me vejam lá no caixão com um garfo em minha mão e então perguntarão “para que é o garfo?”. Então quero que lhes diga: “ela mantém seu garfo porque o melhor está por vir”.