É a completa subjugação do direito mais elementar do ser humano – o da vida – ao poderio econômico - o dinheiro.
E tudo com a conjugação da maior entidade desportista do mundo – a FIFA -, da prevalente parte da grande mídia e da maioria absoluta dos ‘boleiros’, inclusive brasileiros, atentos aos seus polpudos reembolsos financeiros.
Pois referimo-nos às declarações do chefe da organização da Copa do Mundo no governo do Catar, Hassan Al-Thawadi, que afirmou nesta terça-feira (29) que "entre 400 e 500 pessoas" morreram durante a construção dos estádios que sediam a Copa do Mundo de 2022.
O número, um absurdo, é o primeiro divulgado oficialmente pelo governo catari, mas é considerado subestimado, pois há informações, como a compartilhada pelo The Guardian, indicando a morte de 6.500 trabalhadores do Sul da Ásia nos trabalhos de construções dos estádios da Copa 2022.
Estima-se que o Catar tenha investido cerca de US$ 220 bilhões. Uma média de US$ 18 bilhões anuais que, para um país cujo PIB gira na casa dos US$ 180 bilhões, significa bastante dinheiro.
E, apesar de tudo, a FIFA e a CBF apenas pedem “foco no futebol”.