Problemas simétricos com soluções divergentes!
Enquanto a Prefeitura fernandopolense decidiu ‘subsidiar’ a entidade local e manter a atual governança intacta, a de Andradina escolheu intervir na administração. Vejamos, num futuro breve, quem fez a escolha reta.
Pois o prefeito daquela localidade, Mário Celso Lopes, justificou a decisão tomada na segunda-feira, 15/05/2023, pelo valor das dívidas acumuladas pela entidade de saúde: R$ 45 milhões, afora execuções judiciais, acordos financeiros não pagos e falta de recolhimento de tributos.
Lopes ainda justificou a ação com a queda quantitativa e qualitativa no atendimento dispensado pelo hospital aos pacientes munícipes. Além dos locais, a unidade recebe pessoas de Castilho, Nova Independência e Murutinga do Sul.
Com a medida extrema, que tem validade inicial de 180 dias, contas bancárias da Organização Social de Saúde (OSS) que geria a Santa Casa foram bloqueadas, fechaduras foram trocadas e todos os conselhos e contratos de cargos de confiança foram suspensos.
E sabe qual é a OSS que administra por lá?
Bingo! A OSS Santa Casa de Andradina, aquela mesma que assumia a gestão da Santa Casa de Fernandópolis em 2017 (além do AME e Lucy Montoro) e, tempos após, protagonizou uma operação policial - A Assepsia, deflagrada em 16 de julho de 2019 - com 14 acusados (dentre diretores, ex-provedores, secretário municipal e políticos).
As principais dívidas:
- R$ 11 milhões em parcelamentos com a Elektro
- R$ 11,5 milhões com o INSS
- R$ 4,5 milhões em FGTS
- R$ 3 milhões com fornecedores
- R$ 7 milhões com instituições bancárias