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Orçamento 2024: entidades de Jales promovem ações para o envelhecimento ativo da população

Orçamento 2024: entidades de Jales promovem ações para o envelhecimento ativo da população

Equipe de Jornalismo da Alesp esteve no município para acompanhar demandas

Equipe de Jornalismo da Alesp esteve no município para acompanhar demandas

Publicada há 1 ano

Da Redação / Alesp / Matheus Batista

O município de Jales recebe, no dia 3 de agosto, a primeira audiência pública do Orçamento estadual para 2024, promovida pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Uma das pautas que devem aparecer durante o debate é, sem dúvidas, a relação das cidades com seus idosos.

Jales viu, durante os últimos cinco anos, sua população envelhecer. De acordo com a Fundação Seade (Fundação Estadual de Análise de Dados), o grupo dos idosos - pessoas com 60 anos ou mais - ultrapassou, em 2020, a população de jovens de até 14 anos do município do Noroeste paulista.

Com menos jovens e mais idosos, a previsão da Seade é de que a população jalesense deva começar a diminuir a partir de 2025. Tendo em vista esta realidade, entidades de Jales têm trabalhado para garantir que este processo de envelhecimento seja ativo e tenha todo o apoio necessário.

Nesta quarta reportagem da série especial sobre as audiências públicas do Orçamento estadual para 2024, a equipe de Jornalismo da Rede Alesp viajou até o município da região Noroeste do Estado para ouvir as principais reivindicações que devem ser apresentadas aos parlamentares da CFOP.

Assistência

De acordo com o último Censo do IBGE, dos 49.201 habitantes de Jales, 19,8% são idosos. Apesar de a classificação levar em consideração pessoas com 60 anos ou mais, este grupo não é homogêneo.

O Centro Dia do Idoso de Jales é o equipamento da prefeitura voltado para aqueles que chegam à melhor idade e precisam de maior atenção. A entidade, inaugurada no primeiro semestre deste ano, oferece atividades socioassistenciais para 20 idosos considerados semi-dependentes que não possuem supervisão de seus familiares durante o dia.

Fachada do Centro Dia do Idoso. Foto: Divulgação / Alesp / Matheus Batista

Os idosos passam seus dias na sede do centro e realizam atividades recreativas e educacionais, além de receberem alimentação e cuidados pessoais.

"Todos que trabalham aqui são atenciosos e cuidam da gente como se fôssemos família. Falo para eles que não quero mais sair daqui, só se me expulsarem", conta com bom-humor a senhora Shyrlei Aparecida Gomes, de 82 anos.

O Centro Dia do Idoso conta com recursos da prefeitura de Jales e de doações voluntárias. Para a coordenadora do espaço, Raquel de Paula, o apoio estadual será bem-vindo. "É um serviço caro, servimos quatro refeições diárias, temos profissionais capacitados da educação continuada e precisamos estar sempre prontos para lidar com o público", afirma.

Recém-chegados

Outra iniciativa voltada para os mais experientes presente em Jales é o Centro Esportivo de Valorização ao Idoso (Cievi), que, em parceria com a Associação Jalesense da Terceira Idade, é responsável por promover atividades esportivas e recreativas para os idosos, em sua maioria, recém-chegados aos 60.

Inaugurado em 2009, o Cievi atende atualmente cerca de 200 pessoas e promove campeonatos esportivos adaptados e eventos para a população local. "Somos muito unidos e atuantes. A iniciativa é muito boa e gratificante para a gente", conta a aposentada Elisabeth Matsukawa.

Além da prática recreativa, os integrantes do Cievi também representam a cidade de Jales em jogos da terceira idade da região. Para os associados, a destinação de parte do Orçamento estadual para a entidade poderia aprimorar o serviço. "A associação trabalha promovendo saúde e bem-estar e para isso é preciso ter verba. Temos muitas despesas e precisamos fazer obras e contratar mais profissionais para nossas atividades", afirma Maria Silvia de Oliveira, uma das frequentadoras do centro.

Durante os próximos dois meses, os integrantes da Comissão de Finanças da Alesp percorrem 26 cidades do Estado de São Paulo para saber, da população, quais são as áreas dos municípios paulistas que mais precisam de recursos estaduais.


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