POLÍTICA

Governistas, oposicionistas e até a 3º via disputam apoio de governador

Governistas, oposicionistas e até a 3º via disputam apoio de governador

Todos de olho nas Eleições Municipais de 2024

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Publicada há 1 ano

Situação inédita no atual pré-eleitoral fernandopolense: pela primeira vez na história de seus 84 anos de emancipação político-administrativa, todos, repitam-se, absolutamente todos os agrupamentos políticos do município querem – e disputam intensamente – o apoio do atual governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O ineditismo do momento provém da não mais velada intenção que brota no grupo governista, capitaneado pelo prefeito André Pessuto, passa pela ala oposicionista liderada por Ana Bim e atinge até a eventual terceira via, em cuja expoência estão diversos nomes, em ter o ‘amparo’ governamental a respaldá-los no pleito de 2024.

Comecemos pelos atuais mandatários da cidade, no poder há sete anos e que projetaram inicialmente um governo para, no mínimo, 24 anos. É muito tempo, mas já ocorreu (e ocorre) na vizinha Votuporanga. Esse agrupamento, que reúne diversos partidos políticos, incluindo o União Brasil de André, o PSDB de Cabral e João Pedro, o MDB de João Paulo Cantarella e Murilo Jacob, dentre outros, recebeu importante reforço: o Republicanos, partido de Tarcísio, nas mãos de Rodrigo Ortunho, um dos prediletos de Pessuto para liderar a coligação. Há relatos de qualificadas fontes que pelo acordo assumido para garantir o apoio governamental, o ‘prefeiturável’ deve vir, obrigatoriamente, do partido do chefe estadual.

Ressaltando que, para esse grupo, além da assistência nas urnas, está em jogo importantíssimas liberações de convênios e recursos por parte do governo estadual, sem os quais muitos projetos administrativos de Pessuto ficarão pelo caminho no próximo ano.

Já pelos idos da oposição, eternamente liderada por Ana Bim (PSD) e que tem outros ‘caciques’, tais como Henri Dias, Cabo Santos, Daniel Arroio, a aposta para conquistar o reforço governamental vem justamente dos laços entre a ex-prefeita e o secretário estadual de Saúde Eleuses Paiva, considerado um dos nomes que mais influência exerce em Tarcísio. Se não bastasse esse poderio, ainda se soma o de Gilberto Kassab, homem de confiança e liderança política do governador e da cozinha da ex-alcaidessa.

E quer mais! Pois a aposta de representantes diversos da denominada terceira via, dissipada em nomes como Marcus Chaer, Paulinho Okuma, Ricardo Pedroso, Cabo Santos, dentre outros, garante deter o governador a compartilhar suas ambições em relação ao Executivo fernandopolense. Integram essa ala partidos governistas como o PL e o Solidariedade, mas aqui prepondera relações pessoais interpessoais, de amizade, entre esses fernandopolenses e lideranças ligadas a Tarcísio, tais como Danilo Campetti e Bruno Zambelli.

Resumindo e antevendo: se prevalecer o interesse administrativo e a capacidade da máquina pública, certamente 'vencerão' os governistas encabeçados por Pessuto; se a opção foi pelo histórico político, vai dar a oposição, após anos de relacionamento com os secretários; mas se a relevância maior (na análise de Tarcísio) for a ideológica, certamente a terceira via será a escolhida.

Há! Nada que impeça uma composição entre as três alas divergentes, se não na totalidade, ao menos uma junção parcial de seus membros.

Atualização (às 13h57 de 12/10/2023): por indicação de uma liderança política local, acresça-se o nome do ex-deputado estadual Gilmar Gimenes ao rol dos oposicionistas.

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

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