Por Walter Duarte 

Dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) revelam que o crescimento da frota de veículos em Fernandópolis atingiu um novo patamar em 2016. Com 1.221 novos emplacamentos registrados no ano passado, a cidade agora tem mais carros, motos caminhões ônibus e etc. do que pessoas com idade para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). 

Segundo o órgão federal, são 55.115 veículos automotores registrados no município, aumento de 2,2% em comparação com 2015. Já segundo a Fundação Seade (Serviço Estadual de Análise de Dados e Estatísticas), a projeção populacional fernandopolense indica pouco mais de 51 mil pessoas com mais de 18 anos. 

Segundo o secretário municipal de Trânsito e Transporte, Ederson José da Silva, o registro de mais de um veículo pela mesma pessoa e as frotas empresariais explicam essa distorção, mas a expansão da frota é uma realidade. “Já temos em mãos alguns desses dados e estamos fazendo uma série de estudos para eliminar os principais gargalos no trânsito da cidade”, afirma. 

De acordo com Ederson, apesar do tráfego intenso na região central, são nos bairros mais novos que estão concentrados os principais problemas de mobilidade de Fernandópolis. “São bairros que não foram planejados para a demanda de veículos que têm. Eles não possuem avenidas largas de acesso e são dotados de ruas simples, de mão dupla. Estamos preparando algumas mudanças e em breve vamos comunica-las à população”, explica. 

Além do trânsito, outro impacto provocado pela expansão desenfreada da frota é a baixa utilização do transporte coletivo. Segundo o secretário, trata-se de uma questão cultural. “Eu entendo que a maior parte da população prefere usar seu carro ou sua moto. O transporte público fica mais restrito às pessoas idosas e aos moradores da periferia. Cabe a nós entender e buscar melhoria para essas pessoas que utilizam o serviço”, completou.

MARGINAIS PODEM TER MÃO ÚNICA 

Uma das principais intervenções no trânsito em estudo na secretaria é a adoção de mão única nas avenidas que margeiam a Rodovia Euclides da Cunha (SP-310): Luiz Branbatti e LitérioGrecco. Os estudos estão em andamento e a expectativa da administração municipal é colocar a ideia em prática ainda este ano.  Enquanto prepara a mudança mais radical, outras em menor escala já estão sendo feitas. Nos próximos dias deve ser anunciada a adoção de mão única na Rua Pernambuco, a partir do trecho próximo ao Cadip (Centro de Atendimento às Doenças Infecto-parasitárias) e na Travessa Fernando Costa.

No ano passado, Fernandópolis teve 1.221 novos emplacamentos