Breno Guarnieri

Algumas famílias aproveitam o mês de janeiro para colocar as contas em dia e definir o orçamento familiar do ano. Para os que possuem filhos em idade escolar, um dos itens que mais “pesam” nesse planejamento é a compra do material. Calcula-se que os artigos escolares devem sofrer reajustes em torno de 9% a partir de janeiro, de acordo com a ABFIAE (Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares).

Para o economista Paulo Magno, a mudança nos preços se deve basicamente a três fatores: elevação dos custos das matérias-primas dos materiais escolares; reajustes salariais em diversas categorias profissionais ligadas ao setor e elevação do valor do dólar, fato que influencia o preço de diversas matérias-primas.

Compra antecipada

Diante da preocupação com as mudanças nos preços, algumas famílias garantem a compra do material escolar logo após a virada do ano. É o caso de Ana Claudia Alves, 47 anos, mãe de três filhos – dois deles em idade escolar. Ela já garantiu os itens escolares para 2024. A lista de material escolar foi divulgada pela escola em dezembro e já no começo do ano ela adquiriu os produtos.

"Eu já comprei todo o material de papelaria. Todo ano pego a lista e já compro. Acho que no começo de janeiro é mais em conta. Perto do início das aulas o valor sobe e é um tumulto. Você acaba comprando mais pelo encanto do que pela necessidade", afirma a empresária.

Mariana Juntes, 35, tem dois filhos (10 e 13 anos) e já se programou para comprar os produtos até o dia 20 deste mês. "Quanto mais perto do início das aulas, mais lotadas estão as lojas", explica a dona de casa.

Planejamento!

Ainda de acordo com Paulo Magno, as iniciativas das mães são positivas e acrescenta que usar parte do 13º salário para esse fim é uma ótima saída para as famílias nesse período (janeiro) de grandes gastos. “Planejar com antecedências os gastos (seja qual for) sempre foi uma ótima alternativa”, finaliza.