POLÍTICA

Pinato apresenta parecer pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão

Pinato apresenta parecer pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão

Existem indícios de que deputado tenha obstruído investigações, diz Fausto

Existem indícios de que deputado tenha obstruído investigações, diz Fausto

Publicada há 8 meses

Pinato em sessão da CCJ. Foto: Divulgação / AsCom

Da Redação

O deputado federal Fausto Pinato (PP) apresentou nesta terça-feira, 09/04/2024, na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) o seu parecer a respeito do processo de manutenção (ou não) da prisão do deputado fluminense Chiquinho Brazão, acusado de participação no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Pinato opinou que votará a favor da manutenção da prisão de Chiquinho e a justificou:

“Inicialmente temos que deixar registrado que ninguém pode ser considerado culpado, senão depois de responder a um devido processo legal, e for condenado por uma sentença, transitada em julgado.

Portanto, a apreciação da câmara no caso concreto, através dos nobres deputados, diz respeito exclusivamente se a prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão deve ou não prevalecer.

Pois bem, li atentamente todo o longo e minucioso relatório da polícia federal, o parecer da procuradoria geral da república, e a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que decretou a prisão preventiva do deputado, e cheguei a seguinte conclusão:

Os crimes os quais o deputado Chiquinho Brazão está sendo acusado não guarda qualquer relação com o exercício das funções parlamentares e, consequentemente, o deputado não está protegido pela imunidade material prevista na Constituição Federal.

E fortes são os indícios de que o deputado Brazão seria um dos mandantes de dois crimes de homicídio duplamente qualificado, portanto, crimes hediondos.

E como se ainda não bastasse, existem também fortes indícios de que o deputado Chiquinho Brazão teria atuado na obstrução das investigações por mais de cinco anos: para a polícia não chegar aos mandantes dos crimes, utilizou-se de delegado e investigador de polícia.

Esses fatos são mais que suficientes para justificar a prisão preventiva do deputado Brazão, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Então, por uma questão de bom senso e justiça, votarei favorável ao relatório do deputado Darci de Matos.”

A CCJ deve retomar a análise da prisão amanhã, 10, e, após a análise na comissão, irá à votação no Plenário da Câmara onde precisa de 257 deputados para ser mantida (de um total de 513 votantes).

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