Da Redação
Com 2,57 milhões de famílias assistidas, São Paulo se mantém em junho como a unidade da Federação com o maior número de contempladas pelo Bolsa Família. O pagamento do benefício, que este mês terá um valor médio de R$ 675,39, tem início nesta segunda-feira (dia 17) e segue, de forma escalonada, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS), até o fim do mês (confira tabela).
O programa de transferência de renda chegará a lares de todos os 645 municípios paulistas, fruto de um investimento de R$ 1,73 bilhão por parte do Governo Federal. Em junho, também será pago, no mesmo calendário, o Auxílio Gás, benefício voltado para pessoas em situação de maior vulnerabilidade social. São 783 mil famílias paulistas que vão contar com um adicional de R$ 102 — referente ao valor integral do botijão de 13 quilos de gás GLP. O investimento federal é de R$ 79,9 milhões no estado.
Dentro dos valores adicionais previstos no Bolsa Família, São Paulo tem 1,28 milhão de crianças de zero a seis anos contempladas com o Benefício Primeira Infância, que representa um adicional de R$ 150 a cada criança dessa faixa etária na composição familiar. O investimento federal para atender este público supera os R$ 178,1 milhões.
Outros benefícios complementares, todos no valor adicional de R$ 50, chegam a 2 milhões de crianças e jovens entre sete e 18 anos, além de 132,3 mil gestantes e 40,6 mil mulheres em fase de amamentação no estado. Somados, os pagamentos destes benefícios superam o valor de R$ 97,6 milhões.
O município de São Paulo permanece em junho com o maior número de famílias beneficiárias no estado. São 716,1 mil, a partir de um investimento de R$ 479,6 milhões e valor médio de repasse de R$ 673,30. Na sequência dos cinco municípios paulistas com maior número de contemplados no mês aparece Guarulhos (106.245), depois Campinas (62.426), Osasco (48.583) e São Bernardo do Campo (42.089).
O município de União Paulista, que integra a região Metropolitana de São José do Rio Preto e conta com apenas 1.603 habitantes (e 95 famílias atendidas pelo Bolsa Família), registrou neste mês o maior valor médio pago pelo programa no estado: R$ 747,05. Na sequência aparecem Vista Alegre do Alto (R$ 740,58), Santo Antônio do Jardim (R$ 729,99), Caiabu (R$ 726,66) e Anhembi (R$ 726,44).
AUXÍLIO GÁS — Em junho, o Governo Federal também paga, no mesmo calendário, o Auxílio Gás — benefício voltado para pessoas em situação de maior vulnerabilidade social. São 128,3 mil famílias amazonenses que vão receber um adicional de R$ 102 referente ao valor integral do botijão de 13 quilos de gás GLP. O investimento federal é de R$ 13,1 milhões no estado.
NACIONAL — O Bolsa Família registra em junho 20,8 milhões de famílias atendidas em todos os 5.570 municípios brasileiros, patamar estável nos últimos três meses. O investimento federal é de R$ 14,23 bilhões. O valor médio do benefício é de R$ 683,35. O pagamento do Auxílio Gás atenderá neste mês 5,8 milhões de famílias em todas as 27 unidades da Federação, resultado de um investimento federal de R$ 592,1 milhões.
UNIFICADO — Assim como em maio, neste mês, dentro das ações de enfrentamento a desastres, as 658 mil famílias dos 497 municípios do Rio Grande do Sul receberão o pagamento de forma unificada nesta segunda, por meio de um repasse de R$ 443 milhões. Elas receberão o benefício no valor médio de R$ 673,36. O mesmo ocorrerá com famílias de alguns municípios de Roraima, Amazonas, Rio Grande do Norte, Maranhão e Paraná.
PRIMEIRA INFÂNCIA — Dentro da cesta de benefícios estabelecida com a retomada do programa em 2023, 9,38 milhões de crianças de zero a seis anos que integram as famílias amparadas pelo Bolsa Família recebem neste mês o Benefício Primeira Infância (BPI), no valor adicional de R$ 150. Para isso, serão investidos R$ 1,33 bilhão em recursos federais.
Outras 12,5 milhões de crianças e adolescentes de sete a 16 anos incompletos receberão o Benefício Variável Familiar Criança. Somam-se a elas 3 milhões de adolescentes de 16 a 18 anos incompletos amparados pelo Benefício Variável Familiar Adolescente. Ambos representam um adicional de R$ 50 a cada integrante da família nesta faixa etária. O investimento em junho para os dois benefícios é de R$ 718,47 milhões. Outros R$ 67,25 milhões garantem o adicional de R$ 50 a 1 milhão de gestantes e 373 mil nutrizes incluídas nas composições familiares das famílias beneficiárias.
PROTAGONISMO — Como de praxe no programa de transferência de renda do Governo Federal, ocorre o predomínio de mulheres como responsáveis familiares. Em junho, elas somam mais de 17,44 milhões dos responsáveis familiares, ou 83,7% do total. Levando-se em conta o total de beneficiários, 72,87% se declaram de cor preta/parda.
VULNERÁVEIS — O Bolsa Família tem um público prioritário, em razão das famílias estarem em situação de maior vulnerabilidade. Em junho, do total de beneficiários, 225.582 são de famílias com pessoas indígenas, 253.787 de quilombolas, 379.783 com catadoras de material reciclável e 223.340 com pessoas em situação de rua.
PROTEÇÃO — Outra criação da nova versão do Bolsa Família, a Regra de Proteção permite aos beneficiários permanecerem no programa por até dois anos mesmo depois de conseguirem um emprego com carteira assinada ou aumento de renda. Nesse caso, a família recebe 50% do valor do Bolsa Família. Esse parâmetro atinge, em junho, 2,58 milhões de famílias.
REGIÕES — Na divisão por regiões, o Nordeste concentra o maior número de famílias beneficiárias. São 9,4 milhões, a partir de um investimento de R$ 6,41 bilhões. Na sequência aparece o Sudeste, com 6,17 milhões de famílias e aporte de R$ 4,13 bilhões. A região Norte reúne 2,58 milhões de famílias por meio de um investimento de R$ 1,86 bilhão. É no Norte que está o maior valor médio por beneficiário do país: R$ 722,22. No Sul, são 1,5 milhão de beneficiários e R$ 1 bilhão em investimentos federais. A região Centro-Oeste concentra 1,6 milhão de famílias e um repasse de R$ 802,41 milhões.