Capa de Informativo da Apeoesp
Da Redação
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgou um manifesto público contrário ao programa estadual que cria Escolas Cívico-Militar no Estado.
O manifesto foi publicado na última sexta-feira, 28, com críticas à iniciativa do governador Tarcísio de Freitas que pretende implantar ao menos 45 unidades desse tipo no próximo ano.
Segundo a instituição, as “escolas cívico-militares atentam contra a missão e as finalidades da vida escolar, ao impor aos estudantes normas típicas da disciplina militar e uma padronização de comportamento pessoal e até mesmo de vestuário”.
A Apeoesp defende que é parte da convivência escolar a liberdade de expressão, a tolerância, a troca de experiências e a livre manifestação da individualidade humana e que são princípios constitucionais a liberdade de ensinar e aprender e a pluralidade de ideias e concepções pedagógicas, além da gestão democrática.
O sindicato também afirma que “não vamos aceitar e lutaremos em todas as instâncias contra mais este retrocesso que o governo bolsonarista tenta impor à rede pública de ensino paulista”.
Segundo a Secretaria da Educação, o projeto será direcionado a escolas com índices de rendimento inferiores à média estadual, atrelados a taxas de vulnerabilidade social e fluxo escolar – aprovação, reprovação e abandono.
Em Fernandópolis
Na cidade, quatro escolas se cadastraram para se tornar cívico-militares:
- A Carlos Barozzi;
- A Líbero de Almeida Silvares;
- A Armelindo Ferrari; e,
- A José Belúcio.
Em Votuporanga foi uma única unidade – a Sarah Arnoldi Barbosa. Em todo o Estado foram 302 escolas cadastradas.
Consultas públicas começarão no início do mês visando colher a opinião da comunidade.