Da Redação
Entre 22 de agosto e 10 de setembro de 2024, o estado de São Paulo registrou 794 focos de incêndios, segundo relatório do promotor público de São José do Rio Preto, Carlos Romani. Com detecções especialmente intensas nos dias 23 e 24 de agosto, que somaram 97 e 153 eventos respectivamente, as queimadas superaram a média esperada para o período. A maior parte dos incêndios foi detectada na região Centro-Nordeste e Norte do estado, que enfrenta seca prolongada, sendo que 81,6% dos eventos ocorreram em áreas de Mata Atlântica e 18,4% no Cerrado.
Entre os municípios mais afetados, destacam-se Altinópolis, Cajuru, Olímpia e Pedregulho. Cidades como Ribeirão Preto, Andradina, Sertãozinho e Pitangueiras também enfrentaram uma quantidade significativa de incêndios no período. As áreas de maior risco continuam concentradas no norte e noroeste paulista, onde as chuvas ainda são escassas, deixando as regiões suscetíveis a novos focos de fogo.
Os municípios de Altinópolis, Cajuru, Olímpia e Sertãozinho seguem em alerta máximo, pois o solo seco e as altas temperaturas podem propiciar novos focos de incêndio.
Cetesb suspende autorizações de queima
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) suspendeu, de forma temporária, as autorizações de queima em todo o estado devido ao cenário crítico de tempo seco e alta incidência de incêndios. A única exceção será para autorizações de queima prescrita voltada à prevenção de incêndios, como a criação de aceiros negros, ou em casos solicitados diretamente pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento para fins fitossanitários.
A Defesa Civil estadual alertou que a qualidade do ar está em níveis alarmantes devido à presença de uma massa de ar quente e seco que impede a dispersão de poluentes, especialmente em regiões fortemente afetadas pelas queimadas. De acordo com o órgão, o Mapa de Risco de Incêndio aponta uma situação de emergência em quase todo o território paulista até o sábado (14).
Além disso, o governo de São Paulo informou que 41 das 57 estações medidoras registram a qualidade do ar como ruim ou muito ruim, o que agrava sintomas respiratórios em toda a população, especialmente em crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes. A previsão é de que o tempo seco, aliado ao calor, mantenha o risco elevado de queimadas nos próximos dias.