Foto: Reprodução / Redes Sociais
Da Redação / Iturama em Foco
Um desentendimento por conta de um acidente de trânsito terminou em tragédia na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro. Na tarde da última sexta-feira (7), Jéssica Priscila Silva de Carvalho, de 29 anos, foi assassinada a tiros na porta de sua residência, após discutir com um ciclista que a acusava de causar danos à sua bicicleta. O suspeito do crime, identificado como Luiz Miguel Lucindo Vieira, de 18 anos, fugiu após o disparo, mas se entregou às autoridades algumas horas depois.
Desentendimento e disparo fatal
De acordo com testemunhas e relatos colhidos pela Polícia Militar, o conflito teve início meia hora antes quando Luiz Miguel e Jéssica se envolveram em uma batida entre o carro de Jéssica e a bicicleta de Luiz, sendo que ele alegou que Jéssica, ao dirigir seu veículo, teria esbarrado em sua bicicleta. Inconformado, ele se dirigiu à casa da motorista para exigir o ressarcimento pelos supostos danos.
Na residência da vítima, uma discussão se instaurou. Segundo o companheiro de Jéssica, ela negou qualquer responsabilidade sobre o incidente e afirmou que não arcaria com o prejuízo. Durante o embate verbal, Luiz Miguel sacou uma arma e efetuou um disparo que atingiu o lado esquerdo do peito da vítima.
Tentativa de socorro e óbito
Jéssica foi rapidamente socorrida por populares e encaminhada ao Hospital Frei Gabriel. No entanto, devido à gravidade do ferimento, não resistiu e teve o óbito confirmado pelos médicos por volta das 18h.
Após efetuar o disparo, o autor fugiu de bicicleta, descartando a arma em uma área de mata antes de se apresentar à polícia na mesma noite, acompanhado de seu advogado.
Defesa alega disparo acidental
Em depoimento, Luiz Miguel afirmou que não tinha intenção de matar Jéssica, mesmo tendo procurado a moça já armado, e que o disparo teria ocorrido acidentalmente. Segundo sua defesa, a vítima teria saído de casa segurando um rodo e uma barra de ferro, momento em que Luiz Miguel disse ter ficado com medo do rodo na mão dela e acidentalmente reagiu atirando nela de forma precipitada.
O advogado do suspeito, José Rodrigo, ressaltou que seu cliente é réu primário e não possui antecedentes criminais graves. "Ele não sabia que a vítima havia morrido. Achava que o tiro tinha atingido o pé dela", declarou o defensor, informando ainda que Luiz Miguel deixou a cidade após prestar depoimento e responderá ao processo em liberdade.
Investigação em andamento
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o crime. A perícia esteve no local realizando levantamentos e colhendo evidências para auxiliar nas investigações. Até o momento, a arma utilizada no homicídio não foi localizada.
O caso segue sob análise das autoridades, que devem ouvir novas testemunhas e aprofundar as diligências para esclarecer os fatos e determinar a responsabilidade do acusado no crime.