JUSTIÇA
Servidores do Judiciário paulista aprovam continuidade da greve e nova assembleia
Servidores do Judiciário paulista aprovam continuidade da greve e nova assembleia
Orçamento do Tribunal é o maior da história, atingindo cerca de R$ 19 bilhões
Orçamento do Tribunal é o maior da história, atingindo cerca de R$ 19 bilhões
Da Redação
Em uma mobilização intensa, mais de 1.500 servidores do Poder Judiciário de São Paulo participaram da assembleia geral da categoria, realizada nesta quarta-feira, 21 de maio, na Praça João Mendes, região central da capital. A assembleia aprovou, por unanimidade, a continuidade da greve iniciada no dia 14, em protesto contra a política salarial adotada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Representando a ASSETJ, o presidente José Gozze conduziu a assembleia ao lado dos diretores Margarida Falcão, Geraldo F. M. Carvalho Jr., Diógenes Marcelino e Raquel Di Falco. Gozze elogiou a mobilização e a força do movimento, destacando a indignação dos servidores diante da estagnação salarial e da falta de diálogo efetivo com o TJSP.
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), presente no ato, reforçou o apoio à greve. Destacou que o orçamento do Tribunal é o maior da história, atingindo cerca de R$ 19 bilhões com a suplementação aprovada na Assembleia Legislativa. Giannazi afirmou que já foram apresentadas emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, com recursos previstos para recomposição salarial e implementação do nível superior para escreventes. No entanto, segundo o deputado, todos os anos ele encaminha essas emendas e o Poder Executivo costuma cortar verbas, e o TJSP não assume a responsabilidade de negociar.
Giannazi também denunciou a falta de transparência na distribuição dos recursos, lembrando que juízes e desembargadores seguem com salários integralmente pagos, sem perdas, enquanto os servidores enfrentam anos de defasagem. “A greve é legítima, constitucional e fundamental para garantir os direitos da categoria”, afirmou.
A deputada estadual Sirlene Maciel (PSOL), da bancada feminista, e a vereadora Luana Alves (PSOL), de São Paulo, também estiveram presentes no ato.
Durante a assembleia, os servidores aprovaram por unanimidade uma passeata até o Palácio da Justiça. Enquanto o grupo permanecia em frente ao prédio, os representantes das entidades subiram ao 5º andar para exigir que a reunião da mesa de negociação, prevista para o dia 28 de maio, seja realizada presencialmente e no período da manhã, em vez de virtual.
Fonte: ASSETJ