Inédito!

Pela primeira vez em duas décadas, a projeção do orçamento de Fernandópolis apresenta queda.

Desde 2006, quando o acompanhamento sistemático dos números começou a ser executado por essa coluna ainda no governo de Ana Bim (2006-2008), os valores (sujeitos às ratificações) vinham sequencialmente em trajetória de crescimento contínuo — até agora.

O último orçamento consolidado, deixado pelo ex-prefeito André Pessuto para 2025, foi de R$ 467 milhões. Já a proposta enviada pela atual gestão de João Paulo Cantarella (PL) ao Legislativo, dentro do Plano Plurianual (PPA), prevê para 2026 uma receita geral de R$ 466,9 milhões.

Ressaltando que neste ano apurou-se queda superior a R$ 16 milhões em relação ao projeto original com arrecadações de receitas próprias.

Motivos alegados pela administração Cantarella

• O novo orçamento foi elaborado dentro da realidade legal e da verdadeira capacidade de arrecadação da Prefeitura, evitando projeções irreais;
• Busca prevenir riscos de déficit, que este ano devem atingir R$ 303,2 milhões, contra R$ 257,1 milhões previstos para 2026;
• A elaboração do plano contou, pela primeira vez, com participação da sociedade civil, ouvida em audiências do programa “Vozes da Cidade”.

Os números finais estarão detalhados na Lei Orçamentária Anual (LOA), que será enviada em breve ao Palácio 22 de Maio. O documento trará a distribuição completa dos recursos entre secretarias, setores e prioridades da cidade.

Principais despesas do Orçamento 2025

• Educação: R$ 121,764 milhões
• Saúde: R$ 111,664 milhões
• Obras: R$ 30,76 milhões
• Fazenda: R$ 95,28 milhões
• Gestão: R$ 12,62 milhões
• Gabinete do Prefeito: R$ 657 mil
• Cultura: R$ 2,87 milhões
• Esporte e Lazer: R$ 2,035 milhões
• Assistência Social: R$ 9,316 milhões
• Trânsito: R$ 12,34 milhões

Evolução do orçamento municipal (2016–2024)

• 2016: R$ 173 milhões
• 2017: R$ 199 milhões
• 2018: R$ 223 milhões
• 2019: R$ 232 milhões
• 2020: R$ 238 milhões
• 2021: R$ 242 milhões
• 2022: R$ 254 milhões (executado: R$ 292 milhões)
• 2023: R$ 388 milhões
• 2024: R$ 421 milhões

Retrocesso arrecadatório atual ou estimativa passada inexequível?

Brevemente teremos a resposta!

Há! Ressalte-se que tais números considerados nesta coluna não levam em ponderação os índices inflacionários oficiais dos 7 meses deste ano e nem a previsão dos 12 meses: 3,36% e 5,23%, respectivamente. O que, certamente, agrava o disparate.

Por: Beto Iquegami

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