Foto: Reprodução / Fonte: Facebook
Da Redação
O corpo do médico ortopedista e agropecuarista Ramiro Pereira de Matos, 67 anos, será sepultado em Araçatuba (SP). Ele morreu na manhã de terça-feira (16) após a queda do avião monomotor Cessna 210 Silver Eagle, prefixo PS-FDW, que ele mesmo pilotava. Até as 9h desta quarta-feira (17), o corpo ainda não havia sido liberado para transporte à cidade.
Ramiro decolou do aeroporto Dario Guarita, em Araçatuba, por volta das 7h30, com destino a uma fazenda da família em Figueirópolis D’Oeste (MT). A previsão era de cerca de duas horas de viagem, mas familiares perderam o sinal da aeronave após aproximadamente uma hora de voo.
Condições adversas
Segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Deca), o avião desapareceu dos radares a 166 km de Cuiabá (MT). No momento, havia chuva intensa e trovoadas. O Esquadrão Pelicano da Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionado para auxiliar nas buscas.
De acordo com familiares, Ramiro chegou a manter contato com outro piloto durante o voo e relatou dificuldades em razão do mau tempo. “Ele disse que meu pai estava com voz trêmula. Tudo leva a crer que ele enfrentava uma situação delicada e o tempo estava ruim”, contou o filho, Waldyr Ribeiro Aguiar Paiva Matos, 37 anos. Pouco depois, o contato foi perdido.
Resgate
A queda foi confirmada ainda na tarde de terça-feira. Partes do motor da aeronave foram encontradas em uma fazenda a cerca de 180 km de Coxim (MS), na região do Pantanal.
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou que foi montada uma operação logística para remoção do corpo com apoio do Salvaero e de uma aeronave do GOA do Corpo de Bombeiros. O corpo foi levado até a capital Campo Grande, para encaminhamentos periciais. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) também participa da apuração das causas do acidente.
Trajetória
Natural de Araçatuba, Ramiro Pereira de Matos conciliava a carreira de médico ortopedista com a atividade agropecuária, possuindo propriedades em Santo Antônio do Aracanguá (SP) e no Mato Grosso. Piloto experiente, fazia com frequência o trajeto entre o interior paulista e a fazenda da família em Figueirópolis D’Oeste.
Ainda não há informações confirmadas sobre data e horário do velório e o sepultamento.