EMPRESARIAL
R$ 185 milhões em dívidas! Supermercados Pessotto está em recuperação judicial
R$ 185 milhões em dívidas! Supermercados Pessotto está em recuperação judicial
Plano prevê parcelamentos em 15 anos, carência de 24 meses e manutenção dos empregos
Plano prevê parcelamentos em 15 anos, carência de 24 meses e manutenção dos empregos
Por: Beto Iquegami
É... Cravamos novamente!
Eis que há quatro meses, neste mesmo espaço, apontamos na Coluna .Inside que um relevante grupo empresarial varejista fernandopolense estava em vista de impetrar pedido de recuperação judicial.
Na ocasião, em virtude dos dados ainda não serem públicos, não denotamos o nome do estabelecimento empresarial.
Pois recentemente tivemos acesso a dados que consolidam a antecipação da informação:
- O Grupo Pessotto, incluso Supermercados Pessotto / Cestari Supermercados Ltda, já está em recuperação judicial tramitando (e aceita) na Justiça Estadual, inicialmente na 1ª Vara Cível de São José do Rio Preto, através do juiz Paulo Marcos Vieira de Carvalho (magistrado que proferiu a decisão de deferimento do processamento da recuperação). Atualmente o processo corre no foro especializado daquela comarca.
Valor total da dívida
Endividamento consolidado: aproximadamente R$ 185 milhões
Inclui dívidas trabalhistas, fornecedores, bancos e dívidas fiscais renegociáveis
Principais credores
Bancos
Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal (aprox. R$ 60 milhões)
Fornecedores estratégicos
Ambev, JBS e BRF (aprox. R$ 25 milhões)
Trabalhistas
Passivo trabalhista reconhecido: aprox. R$ 8 milhões
Fornecedores regionais
Diversos atacadistas e distribuidores locais (aprox. R$ 40 milhões)
Obrigações fiscais e tributárias
Débitos inscritos em dívida ativa da União e do Estado de SP (aprox. R$ 50 milhões)
Plano de recuperação
Parcelamento em até 15 anos, carência inicial de 24 meses para parte das dívidas financeiras
Descontos (deságios) para credores quirografários: até 60%
Garantia de manutenção das lojas em funcionamento, incluindo unidade “Pessotto da Cida” em Fernandópolis
Próximos passos
O futuro do empreendimento depende agora de uma decisão que há de ser proferida em Assembleia Geral de Credores que pode (ou não) aprovar o plano. No caso positivo, sobe para homologação judicial e execução da programação sob supervisão de um administrador judicial.
A Justiça pode decretar a falência em caso de descumprimento ou, futuramente, o encerramento, na hipótese de quitação das dívidas.
O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.