QUESTIONAM A PR

Após operação da PF, consumo de carne permanece normal na cidade

Após operação da PF, consumo de carne permanece normal na cidade

Investigação revelou esquema de pagamento de propinas a fiscais para venda de produtos adulterados; em alguns estabelecimentos do município consumidores questionam a procedência da carne

Investigação revelou esquema de pagamento de propinas a fiscais para venda de produtos adulterados; em alguns estabelecimentos do município consumidores questionam a procedência da carne

Publicada há 7 anos

Por Breno Guarnieri 


 A Operação “Carne Fraca”, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na semana passada, não comprometeu a venda de carnes nos supermercados e açougues de Fernandópolis, mas deixou os consumidores apreensivos e mais cautelosos, apontam as gerências dos estabelecimentos.


Paulo Magalhães, gerente de um supermercado, localizado na Avenida Expedicionários Brasileiros, na região central de Fernandópolis, afirma que tem conversado diariamente com os funcionários e açougueiros a fim de estabelecer um parâmetro sobre a reação do público e, embora o cenário seja de dúvidas, o consumo permanece dentro da normalidade. “Muitos questionam a procedência da carne ou fazem alguma brincadeira a respeito da fiscalização. Mesmo que levem no tom de esportividade, sabemos que a preocupação é séria”, destaca.


Em contato com o gerente Manoel Silveira, responsável por um supermercado também na área central do município, a Reportagem foi informada de que o movimento continua intenso. “Estamos procurando esclarecer todas as dúvidas. A cada 10 clientes, ao menos três perguntam sobre a procedência, mas isso ainda não foi razão para desistirem da compra”, explica Manoel, que ainda acrescenta: “pode haver uma queda nos embutidos, como salsichas e linguiças. Até agora o movimento está normal”.


Consumidores

A Reportagem esteve em dois supermercados do município na manhã de ontem (24), a fim de identificar se o desencadeamento da referida operação alterou o comportamento dos consumidores. A professora Ana Carolina Esteves, 32 anos, diz que se sente enganada por empresas cujo papel é fornecer um produto adequado para os clientes. “A gente já paga caro na carne e ainda recebemos um produto de baixa qualidade”, lamenta. A diarista Aparecida Marques, 41 anos, conta que não é uma grande consumidora de carne, mas ficou assustada com a repercussão. “Não acho correto adulterar um produto (carne estragada maquiada) e oferecer para o consumidor”, salienta.


Mesmo apreensiva, a empresária Marlene de Souza, 39 anos, acabou levando um pouco de carne para casa. “Comprei em pequenas quantidades, pois estou preocupada com a situação. Já o também professor Carlos Rodrigues, 45 anos, adota um hábito diferente. “Procuro evitar as carnes embaladas a vácuo e comprar as que estão dispostas na vitrine”, pontua.


Operação nacional ainda não repercutiu no consumo de carne dos fernandopolenses 







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