Crônica: Um jeito de escapar do inferno - Conselho de Mahatma Gandhi

Crônica: Um jeito de escapar do inferno - Conselho de Mahatma Gandhi

Leia também: A riqueza - O que se tem, se deve. Quando se oferece, se possui

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Publicada há 12 horas

Minutinho: A riqueza

Por: Autoria desconhecida

O verdadeiro possuidor é sempre o melhor doador.

O que se tem, se deve. Quando se oferece, se possui.

Na contabilidade da vida, a verdadeira posse se apresenta como o bem que se oferta e proporciona alegria, ao invés de significar o recurso que se armazena, permanecendo inútil.

A verdadeira doação enriquece aquele que a faz, certamente beneficiando quem a recebe.

Convencionalmente, a pessoa que economiza e guarda valores amoedados torna-se rica. Quase sempre, porém, se amesquinha, apaixonando-se pelos haveres de que se faz prisioneira.

Há, em consequência, sistemas que se encarregam de amealhar e ensinar a poupar, gerando as cirandas de investimentos, que permitem conseguir lucros e vantagens.

Os que se tornam ricos dessa forma vivem em constante ansiedade em relação às oscilações do câmbio, das bolsas, dos títulos. Pobres de sentimentos elevados, vítimas da ganância financeira.

A riqueza, em si mesma, não é boa, nem é má, dependendo de quem a usa e de como é utilizada.

Com facilidade gera o apego e o medo de ser perdida.

Empobrece outros indivíduos, enquanto dorme nos cofres da avareza, permitindo que a miséria se generalize.

Crônica: Um jeito de escapar do inferno

Por: Clarius

Retrata um filme do cineastra britânico Richard Attenborough sobre a guerra civil indiana, que durante um do muitos jejuns de Mahatma Gandhi, um hindu enlouquecido o visitou e, ao chegar aos pés da cama onde estava, atirou-lhe um pedaço de pão enquanto gritava:

- Eu já vou para o inferno e não quero a culpa da sua morte também em minha alma! Coma, por favor!

Gandhi, sereno como sempre, replicou:

- Por que você vai para o inferno?

O hindu tremia ao responder:

- Eu tinha um filho pequeno, mais ou menos deste tamanho, que foi assassinado pelos muçulmanos. Então, eu peguei a primeira criança muçulmana que consegui encontrar e a matei, arrebentando-lhe a cabeça contra uma parede.

Gandhi fechou os olhos e chorou por dentro. Depois se recompôs, pois sabia da importância de seu papel perante aquele povo e, com esperança na voz, disse:

- Eu conheço um jeito de escapar do inferno. Muitos meninos agora estão sem os pais por causa da matança. Encontre um menino muçulmano, com mais ou menos este tamanho - repetindo o gesto feito pelo visitante há pouco – e o crie como se fosse seu. Adote-o.

O homem, desorientado, estava admirado com a proposta e tentava assimilá-la da melhor forma. E uma brisa de esperança chegou-lhe ao rosto.

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

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